Homens ainda resistem a procurar médico preventivamente, alerta urologista SVG: calendario Publicada em 12/11/21
SVG: atualizacao Atualizada em 12/11/21 18h25m
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Augusto Ramos do Prado fala sobre a importância de campanhas como a do ‘Novembro Azul’

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Apesar de o câncer de próstata ser um dos mais comuns entre os homens, sendo responsável pela causa da morte de 28,6% da população masculina que desenvolve neoplasias malignas, a resistência a prevenir a doença ainda é bastante grande. No Brasil, um homem morre a cada 40 minutos devido ao câncer de próstata, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca).

Para tentar reduzir essa taxa de casos e de incidência de mortalidade, não só no Brasil, mas em todo o planeta, é desenvolvido o Novembro Azul, movimento internacional criado no início dos anos dois mil, na Austrália, que busca alertar as pessoas sobre a importância da prevenção contra o câncer de próstata.

Essa doença é mais comum entre os homens com mais de 40 anos. De acordo com dados do Inca, a estimativa é de que, até o final de 2021, mais de 65 mil pessoas sejam diagnosticadas com o tumor. Mas, a pior notícia é que a doença faz, aproximadamente, 15 mil vítimas fatais por ano.

Ouvido pela assessoria de imprensa da Sedufsm, o médico urologista, docente da UFSM, Augusto Ramos do Prado, que tem mais de quatro décadas atendendo pacientes e também estudando o tema, ressalta que campanhas como a do Novembro Azul são fundamentais. Contudo, enfatiza que esse assunto não deveria ficar circunscrito a um único mês do ano, mas tratado de forma continuada.

Prado avalia que os homens, tradicionalmente, são mais resistentes que as mulheres na procura de auxílio médico, não apenas com a finalidade preventiva, mas até mesmo para o tratamento de doenças já existentes. Segundo ele, “existe ainda um tabu com relação ao toque retal, que alguns acham constrangedor, desconfortável e até ‘comprometedor da masculinidade’.”

Prevenir, educar. Desde cedo

O urologista santa-mariense assevera que, da mesma forma como as mulheres consultam o ginecologista periodicamente, os homens deveriam consultar um especialista seguidamente. Do ponto de vista ideal, frisa Augusto do Prado (foto abaixo), essas consultas deveriam começar na fase da puberdade, com a finalidade de orientação sexual, orientação sobre doenças sexualmente transmissíveis, informações sobre (in)fertilidade, etc.

No entanto, ele destaca, as visitas são especialmente importantes após os 50 anos de idade do homem, com o objetivo de avaliar a próstata, dando ênfase no diagnóstico precoce do câncer de próstata. Conforme o médico, no ocidente, o câncer de próstata é o tipo de tumor maligno mais frequentemente diagnosticado e segunda maior causa de morte por câncer. Todavia, se diagnosticado precocemente, através do exame clínico (toque retal) e dosagem do PSA no sangue, a doença e perfeitamente curável, reforça.

O médico e professor afirmou, respondendo a uma das questões levantadas pela assessoria da Sedufsm, que não possui dados estatísticos relativos à prevalência da doença em âmbito regional, mas, com base em sua experiência clínica, entende que a situação local não é diferente do que ocorre no restante do país e do mundo.

Confira abaixo, alguns dados que a Sociedade Brasileira de Urologia destacou sobre o câncer de próstata:

1. O câncer de próstata é o 2º tumor mais frequente entre os homens, após os tumores de pele (não-melanoma);

2. Acontece, em média, um diagnóstico de câncer de próstata a cada sete minutos;

3. Uma pessoa morre por causa da doença a cada 40 minutos;

4. 25% dos portadores de câncer de próstata morrem devido à doença. O número poderia ser menor se todos os casos fossem detectados com antecedência;

5. 20% dos pacientes com câncer de próstata são diagnosticados em estágios avançados;

6. Quando os sintomas começam a aparecer, 95% dos casos já estão em fase adiantada. Por isso, é fundamental realizar exames periódicos, mesmo que não exista nenhum incômodo aparente;

7. Ainda não existe prevenção concreta contra a doença. Mas, é possível diagnosticá-la precocemente;

8. Com o diagnóstico precoce, as chances de cura são de 90%.


Texto: Fritz R. Nunes com informações do Portal Terra
Imagens: EBC e arquivo pessoal
Assessoria de imprensa da Sedufsm

 

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