Igualdade salarial entre negros e brancos pode ser alcançada só daqui a 150 anos SVG: calendario Publicada em 12/11/21
SVG: atualizacao Atualizada em 12/11/21 18h10m
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Lisleandra Machado, docente do Instituto Federal Sudeste de Minas Gerais, fala também sobre pouca presença negra na universidade

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“Apesar de sermos [negros e negras] a maioria na população brasileira, ainda estamos ocupando muito pouco espaço”, disse a docente do Instituto Federal Sudeste de Minas Gerais - Campus Santos Dumont, e militante do Fórum Renova Andes, Lisleandra Machado. Na sequência, ela citou algumas pesquisas que expressam a acentuada diferença salarial entre as populações negra e branca: enquanto a primeira recebe uma média mensal de R$ 898, a segunda ganha R$ 1.589, o que representa 76% a mais.

“Pesquisas otimistas dizem que a paridade [de renda] será alcançada no ano de 2.089, mas tem outras pesquisas que projetam para só daqui a 150 anos. Acredito nesta segunda perspectiva, pois perdemos muitos direitos de 2016 para cá. Os dados são assustadores porque mostram o quão racista o Brasil ainda é. Não basta não sermos racistas, precisamos ser antirracistas”, complementa a docente, que foi entrevistada na 49ª edição do Ponto de Pauta, programa de entrevistas da Sedufsm, cujo tema principal foi  “O movimento sindical e o debate racial”. Este é um dos programas que serão veiculados ao longo do mês de novembro, em referência ao Mês da Consciência Negra.

Sendo a única mulher negra engenheira de seu campus, ela comenta que, lá, dos 60 docentes, apenas 3 são autodeclarados pretos ou pardos (incluindo ela própria, e mais dois professores). “E a nossa luta tem de ser para ampliarmos isso. Precisamos ocupar esses espaços”, reflete Lisleandra.

“Hoje 10,2% das mulheres negras ocupam a administração pública – a maioria na defesa ou seguridade social. Somos poucas(os) professoras(es), tanto na base das instituições quanto nas filiações. Onde as mulheres negras estão, em sua grande maioria, é no emprego doméstico – e apenas 18% de empregadas domésticas têm carteira assinada”, critica a entrevistada.

Durante o Ponto de Pauta, que tem duração de cerca de 30 minutos, a docente ainda ressaltou o cenário de desmonte de direitos acirrado desde o golpe de 2016, do qual a Reforma Trabalhista, Reforma da Previdência, Emenda Constitucional 95 e a PEC 32, da Reforma Administrativa, são exemplos. Todos esses ataques, salienta Lisleandra, afetam mais diretamente a população negra e necessitam de serem combatidos frontalmente pelo movimento sindical.

Assista à entrevista na íntegra abaixo ou em nosso canal de Youtube:  

 

Texto: Bruna Homrich

Arte: Rafael Balbueno

Assessoria de Imprensa da Sedufsm  

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