Dica: professora sugere livro que aborda inclusão como direito
Publicada em
17/12/21 11h41m
Atualizada em
17/12/21 11h48m
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Mara Rubia Alves da Silva indica leitura que debate deficiência e capacitismo
Sextou! Nesta sexta, 17, a dica cultural é da professora Mara Rubia Alves da Silva, aposentada do Centro de Educação Física e Desportos (CEFD) da UFSM. A sugestão da docente é uma leitura da série ‘Leituras críticas importam’, da editora Matrioska, cuja publicação é “Inclusão não é favor e nem bondade”, datada de 2021. No livro, a autora, Juliana Izar reflete questões sobre deficiência, inclusão, a partir de uma visão cidadã. Conforme destaca Mara Rubia, dentre os vários pontos abordados no livro, reflexões acerca do capacitismo e das atitudes capacitistas, da inclusão no verdadeiro significado da palavra, da educação como um direito de todos, do papel da escola enquanto agente de mudança e transformação. Confira abaixo a dica.
“A dica cultural é o livro “Inclusão não é favor e nem bondade”, de Juliana Izar Soares da Fonseca Segalla (foto abaixo), da Editora Matrioska. Lançado neste ano de 2021, faz parte da série ‘Leituras Críticas Importam’. Essa série enfatiza a necessidade de reflexões, questionamentos e ações na luta por questões estruturais e elementares, que são necessárias e constantes.
A partir de uma visão cidadã e crítica a respeito da deficiência, a autora apresenta, de maneira ativa sem rodeios e, principalmente, didática, a história dos direitos das pessoas com deficiência. Também traz reflexões importantes sobre dignidade, exclusão/inclusão, caridade, solidariedade e fraternidade. Sintetiza que “solidariedade e cidadania andam de mãos dadas”. Por isso, é preciso haver solidariedade entre todas as pessoas, o que nada mais é do que o cumprimento do primeiro dos objetivos fundamentais da República: “a construção de uma sociedade livre, justa e solidária” (art.3ª, CF)
Dentre os vários temas abordados em seu livro, destaco as reflexões e discussões acerca do capacitismo e das atitudes capacitistas, da inclusão no verdadeiro significado da palavra, dos direitos da pessoa com deficiência, da educação como um direito de todos, do papel da escola enquanto agente de mudança e transformação, buscando a construção de uma sociedade para TODOS!
Em todos os espaços da sociedade, é necessário que sejam observadas as atitudes capacitistas, que são aquelas que, em razão dos estereótipos, discriminações e preconceitos, tentam hierarquizar as pessoas em função da adequação de seus corpos, quando enxergam os corpos com deficiência como sendo incapazes, “feios” e sem funcionalidade. Quando associam o desenvolvimento do seu potencial e de sua autodeterminação a “um milagre de autossuperação”.
Mara Rubia Alves da Silva
Professora aposentada do Centro de Educação Física e Desportos (CEFD) da UFSM.
Imagem: Divulgação e arquivo pessoal
Edição: Fritz R. Nunes (Sedufsm)