8M: mulheres de Santa Maria vão às ruas reivindicar direitos e fim da violência
Publicada em
09/03/22
Atualizada em
09/03/22 17h21m
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Ato na Praça Saldanha Marinho frisou importância de que as mulheres trabalhadoras coloquem-se em luta contra projetos que desmontam a assistência social

“Hoje é um dia de memória, de relembrar todas as lutadoras que deram o seu sangue e seu suor para garantir os direitos e a dignidade das mulheres trabalhadoras. Mas também é um dia de nos organizarmos e reafirmarmos nossa coesão, nossa organização e nossas pautas concretas. Nós, mulheres, estamos nas ruas para colocar fim ao governo Bolsonaro já. Nós, mulheres, estamos nas ruas para lutar contra a PEC 32, porque ela é um atentado às políticas públicas e aos serviços públicos. Nós também estamos nas ruas para reivindicar a revogação da Reforma Trabalhista e da Reforma da Previdência, que atingem de maneira nefasta as mulheres trabalhadoras e, em especial, as mulheres negras. Estamos nas ruas para lutar por respeito e pelo fim da violência, porque as nossas vidas importam. Estamos nas ruas para lutar por salários iguais”.
Foi assim que Márcia Morschbacher, diretora da Sedufsm, expressou, na tarde da última terça-feira, 8 de março, o compromisso da seção sindical com a luta feminista. No Dia Internacional da Mulher, a Praça Saldanha Marinho recebeu diversas meninas e mulheres que, em cantos, falas e intervenções artísticas, deram voz às demandas, ainda urgentes, de fim da violência de gênero, de igualdade de oportunidades e direitos, e de autonomia sexual e reprodutiva.
*Márcia Morschbacher, diretora da Sedufsm
Se Márcia e outras dirigentes de sindicatos da cidade deram voz às necessidades das mulheres trabalhadoras, Eduarda Trindade, do DCE UFSM, lembrou a importância de se garantir a permanência das mulheres na universidade.
“Estamos aqui nas ruas hoje, mulheres trabalhadoras e estudantes, lutando pela democracia, por um Brasil sem machismo, sem racismo, sem fome e sem lgbtofobia. Lutando para que as mulheres mães, negras, indígenas e quilombolas, estudantes da UFSM, consigam permanecer na universidade com dignidade. Lutando por Bolsonaro nunca mais”, defende a estudante.
Após permanecerem um tempo na Praça fazendo falas, confeccionando cartazes e puxando gritos de ordem, as e os manifestantes circularam em marcha pela rua Acampamento e pelo Calçadão Salvador Isaia, de forma a utilizar o dia histórico para sensibilizar a população a respeito das violências, dos abusos e das assimetrias sociais ainda reservadas às mulheres.
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Texto: Bruna Homrich
Fotos: Fritz Nunes
Assessoria de Imprensa da Sedufsm
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