Assembleia docente reafirma greve do funcionalismo e acresce, à mobilização, pautas específicas da categoria
Publicada em
19/04/22
Atualizada em
19/04/22 18h07m
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Primeira plenária presencial da Sedufsm, após mais de dois anos, ocorreu na segunda, 18

Após mais de dois anos de assembleias virtuais, a Sedufsm realizou, na tarde da última segunda-feira, 18, sua primeira assembleia presencial desde que teve início a pandemia de Covid-19. Uma vez que a UFSM retomou suas atividades acadêmicas presenciais em 11 de abril, a seção sindical também voltou a realizar suas atividades no campus da universidade – além de projetar visitas aos demais campi da instituição daqui a poucas semanas.
Na pauta do encontro, ocorrido no auditório Pércio Reis (Centro de Tecnologia), um dos principais pontos de discussão foi a construção da Greve Nacional Unificada dos(as) Servidores(as) Públicos(as) Federais, já aprovada em assembleia docente anterior. Agora, contudo, mais alguns encaminhamentos foram deliberados para fortalecer a mobilização local em torno das principais pautas que estruturam a Campanha Salarial 2022 do funcionalismo público: o reajuste de 19,99% para todas as categorias do serviço público federal (índice que repõe a inflação acumulada desde o início do governo Bolsonaro), a revogação da Emenda Constitucional 95 (que congelou os investimentos públicos por duas décadas) e a retirada de pauta , no Congresso Nacional, da PEC 32 (da Reforma Administrativa).
Após debate, as deliberações da assembleia acerca da Greve foram as seguintes:
1- Reafirmar o indicativo de greve unificada dos(as) SPF (servidores(as) públicos(as) federais);
2- Reafirmar a continuidade da construção da greve unificada dos(as) SPF;
3- Acrescentar à posição a ser levada ao ANDES-SN a necessidade de integrar pautas específicas da categoria para a mobilização;
3- Realizar atividade no dia 28 de abril na UFSM para debater a universidade, integrando as demais entidades da UFSM;
4- Realizar idas aos centros/campi da UFSM para discutir com os/as docentes sobre a greve unificada e suas pautas, com a apresentação, pela diretoria da SEDUFSM, de um calendário/agenda de ações (a iniciar-se a partir da primeira semana de maio), convidando os/as docentes presentes na assembleia e a comissão de mobilização a participar da mesma.
Tais encaminhamentos serão levados pela professora Teresinha Weiller, diretora da Sedufsm, à reunião do Setor das Federais do ANDES-SN, que ocorre nesta sexta-feira, 22 de abril, em Brasília.
Sedufsm próxima ao cotidiano da categoria
Ao debaterem a pauta da Campanha Salarial e da consequente organização de uma greve nacional, as e os docentes presentes na assembleia destacaram a importância de que, às pautas nacionais (reajuste, revogação da EC e derrubada da PEC 32), sejam acrescidas reivindicações concernentes à realidade concreta e cotidiana vivenciada pela categoria em seus locais de trabalho.
“A grande questão para nós, agora, é como nos reconectamos com a e o docente que estão dentro das salas de aula. Uma das principais demandas que ouvimos na tenda [atividade de recepção feita pela Sedufsm nos dias 11, 12 e 13 de abril] foi com relação ao retorno presencial, que tem sobrecarregado coordenadores(as) de curso. Problemas com quebras de pré-requisitos também vêm sendo registrados. Essas questões concretas são fundamentais”, comenta o diretor da Sedufsm, Leonardo Botega, acrescentando mais dois temas fortemente interessantes ao debate com a categoria: questão salarial e estrutura da carreira.
Francisco Freitas, integrante do Grupo de Trabalho de Seguridade Social e Assuntos de Aposentadoria (GTSSA), ressaltou a importância de que o sindicato busque as e os aposentados para a luta, além de lançar luz sobre a discussão do adoecimento docente. Em processo de análise dos dados obtidos com o questionário lançado pelo GTSSA, Freitas comentou que o processo de adoecimento psíquico e físico da categoria docente não teve início com a pandemia, sendo a essa anterior. Muitos(as) dos(as) 167 docentes respondentes alegaram fazer uso de medicamentos contínuos e sofrerem de insônia e irritabilidade.
Ainda sobre demandas concretas que surgem da categoria docente, o professor Hugo Blois Filho ponderou a importância de que a universidade garanta as condições necessárias para que a comunidade realize a higienização adequada das mãos e dos ambientes. A recomendação acerca do uso de máscaras, especialmente dentro das salas de aula, também é algo que deve ser fortalecido, na avaliação do docente.
Então, outras deliberações da assembleia foram que a Sedufsm solicite uma reunião com a Reitoria para pautar a situação do retorno presencial e a manutenção das medidas de segurança sanitária; e que o sindicato elabore campanhas de comunicação atentando para os cuidados sanitários ainda exigidos pela pandemia.
Texto: Bruna Homrich
Fotos: Bruna Homrich e Rafael Balbueno
Assessoria de Imprensa da Sedufsm
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