UFSM interage com a comunidade e mostra que atividade física é sinônimo de saúde SVG: calendario Publicada em
SVG: atualizacao Atualizada em 13/05/22 22h11m
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Sedufsm vai apresentar algumas das centenas de projetos que a universidade desenvolve em S. Maria

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Grupo de 'Funcional dance', uma das modalidades do projeto, no Centro Desportivo Municipal

Na terça, 17 de maio, a cidade de Santa Maria completa 164 anos de vida. E desse mais de século e meio, a UFSM se integra a essa história faz mais de 60 anos. Para além da contribuição orçamentária – a verba da instituição ultrapassa 1 bilhão de reais, sendo mais de R$ 800 milhões somente em folha de pagamento de docentes e técnicos (as)- a instituição contribui de diversas outras formas, seja pelo atendimento do Hospital Universitário (Husm), como também através de centenas de projetos, na área de Extensão ou de Pesquisa e Pós-graduação, que trazem benefícios diretos à população.

Os projetos que possuem alcance social são inúmeros e diversos, a tal ponto que se tem até uma certa dificuldade na hora de selecionar alguns para destacar. A partir de hoje (sexta, 13), até a primeira quinzena de junho, a cada sexta-feira iremos focar em um projeto que alcança a comunidade santa-mariense. Conforme a Pró-Reitoria de Extensão (PRE) existem mais de 1.200 entre projetos e ações extensionistas na instituição, e que se referem não somente a Santa Maria. Na Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, os dados apontam a existência de 4.754 projetos.

Um dos primeiros que destacaremos é o Pró-Saúde, um projeto de Extensão que parte do Centro de Educação Física e Desportos da UFSM (CEFD), coordenado pela professora Luciane Sanchotene Etchepare Daronco (foto abaixo). Ela também responsável pelo programa de extensão do NEMAEFS (Núcleo de Estudos em Medidas e Avaliação dos Exercícios Físicos e Saúde), que se relaciona com outras áreas e cursos, e até mesmo com outras instituições parceiras.

O Núcleo possui ainda diversos outros projetos e subprojetos, que interagem com a comunidade do município e também com a comunidade interna da universidade. Criado em 2009, o Pró-Saúde funciona desde 2018 em parceria com a Secretaria de Esporte e Lazer da prefeitura de Santa Maria.

O Pró-Saúde, conforme o conceito do projeto, tem por objetivo proporcionar, através de avaliações periódicas e orientações sobre exercícios físicos e promoção da saúde, melhora da qualidade de vida e da funcionalidade de gestantes e de pessoas com doenças crônicas degenerativas não transmissíveis.

Conforme Luciane Daronco, hoje existe o Pró-Saúde 1, 2 e 3, identificando os locais onde é desenvolvido: no Centro Desportivo Municipal de Santa Maria (CDM), no Hospital Universitário (Husm), e também na região da Vila Maringá. Nesse terceiro local, o programa está acoplado à Residência Multiprofissional em Saúde da Família.

As atividades desenvolvidas através do projeto são elaboradas por profissionais e acadêmicos (as) da Área da Saúde: Educação Física, Enfermagem, Nutrição, Medicina, Terapia Ocupacional, Fisioterapia, sendo que mais recentemente se agregaram também os (as) da área de Psicologia. Ao todo, cerca de mil pessoas são beneficiadas pelo projeto, mas, segundo ressalta a professora, existe possibilidade de triplicar o número de pessoas atendidas tendo em vista que existem centenas na fila aguardando.

Um fator que limitou temporariamente a expansão foram as medidas sanitárias (necessárias) durante a pandemia. Mas, além disso, para comportar mais pessoas, explica Luciane, é preciso que se tenha locais adequados, com equipamentos adequados para atender a todos e todas de forma qualificada. Ela comenta que há tratativas com o município para que o projeto se expanda para a Cohab Tancredo Neves e também funcione junto ao Clube 21 de Abril. Estagiários (as) de cursos de instituições particulares de ensino também estão se somando às atividades já existentes.

Grupo de Treinamento Funcional

O que é oferecido e como acessar?

As modalidades disponíveis para a população são:

1. Treinamento funcional- exercícios que envolvem treinar o corpo para desenvolver capacidades funcionais necessárias às atividades da vida diária, como saltar, agachar, empurrar, puxar, correr, levantar e arremessar.

2. Funcional dance- aula coletiva que une dança e treinamento funcional. A modalidade utiliza os padrões de movimento com base em exercícios de treinamento funcional para treinar e condicionar a musculatura através da dança.

3. Pilates- visa a trabalhar a conexão entre mente e corpo, como uma unidade, de modo a melhorar a consciência corporal e dessa forma promover outros benefícios. A maioria dos exercícios é executada com a pessoa deitada.

4. Caminhada.

5. Musculação- é uma forma de exercício praticado normalmente em academias, para o treinamento e desenvolvimento dos músculos. Utiliza a força da gravidade com barras, halteres, pilhas de peso ou o peso do próprio corpo e a resistência gerada por equipamentos, elásticos e molas, opondo forças aos músculos.

6. Corrida.

Luciane Daronco explica que, no momento, não está sendo oferecida a modalidade de hidroginástica em função de que as piscinas da universidade estão ocupadas para a recuperação de disciplinas práticas que atrasaram. No entanto, duas turmas específicas foram abertas para prática dos exercícios que são oferecidos: uma para pacientes com fibromialgia e outra para pacientes com doenças reumáticas.

A docente explica ainda que, antes de a pessoa participar de qualquer das modalidades, passa por uma triagem criteriosa, cujo objetivo é verificar se possui as condições físicas para integrar esses grupos. As inscrições devem ser feitas pelo formato virtual: no site da Secretaria de Esporte e Lazer ou no perfil do NEMAEFS no Instagram: https://www.instagram.com/_nemaefsufsm/?igshid=YmMyMTA2M2Y=


Grupo de Funcional Dance

Benefícios à comunidade e à universidade

O curso de Fisioterapia da UFSM é uma das pontas importantes do Pró-Saúde. Michele Saccol, professora de Fisioterapia, coordena no Pró-Saúde o projeto “Reabilitação, Educação e Promoção da Saúde em Populações Especiais”. A proposta, segundo ela, visa à promoção de atividades com pessoas que possuem doenças crônicas não transmissíveis, como é o caso da fibromialgia, mas abrange ainda mulheres gestantes e atletas. O desenvolvimento dessas atividades, explica, acontece com exercícios em grupo ou individuais (se houver prescrição para tal) e com palestras de educação e promoção da saúde.



Na avaliação de Michele (foto acima), um dos principais benefícios proporcionados por esse tipo de projeto é acabar dando vazão a uma demanda hoje, muito reprimida do Sistema Único de Saúde (SUS), no que se refere à prevenção, à reabilitação física, especialmente entre as populações que sofrem com doenças crônicas.

O objeto maior do projeto, ressalta a docente, é ampliar o acesso da população a essas modalidades que ajudam na promoção da saúde e da qualidade de vida, buscando romper com o paradigma “curativista” vigente. As evidências de quanto esse tipo de trabalho oferecido é importante se percebe, conforme Michele, em um período pós-pandemia, em que, em função da Covid-19, as doenças crônicas “músculo esqueléticas” acabaram ficando em segundo plano.

Por outro lado, a soma de todos os esforços, frisa a professora de Fisioterapia, dessas diversas áreas em um mesmo programa, favorecem o avanço do ensino, da pesquisa e da extensão, tendo em vista a integração que se forma entre docentes e acadêmicos (as) da graduação e da pós-graduação.

Luciane Daronco, coordenadora geral do Pró-Saúde, questionada sobre a grande procura por parte da comunidade em participar das modalidades oferecidas pelo projeto, com a existência de filas de espera, avalia que dá para observar que existe uma relação direta entre a carência de políticas nessa área, tanto na cidade como na própria UFSM, e a alta demanda.


Texto: Fritz R. Nunes
Fotos: Arquivo NEMAEFS e arquivo pessoal
Assessoria de imprensa da Sedufsm

 

 

 

 

 

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