Dica: professor sugere a leitura de “Os anos” SVG: calendario Publicada em
SVG: atualizacao Atualizada em 22/12/22 10h07m
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Orlando Fonseca destaca livro da Nobel de Literatura, Annie Ernaux

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Nesta quinta, 22 de dezembro, restando poucos dias antes das comemorações de final de ano, a dica cultural é do escritor e professor aposentado do departamento de Letras da UFSM, Orlando Fonseca. Apesar das inúmeras possibilidades de sugestões de leitura, Fonseca prefere se fixar na obra “Os anos”, da escritora francesa Annie Ernaux, vencedora do Prêmio Nobel de Literatura de 2022.

A publicação, que possui 200 páginas, é descrita como uma obra “transversal e intimista”, que aborda 60 anos na vida de um país e de uma mulher. Através da internet, os preços para a aquisição variam entre 40 e 50 reais. Confira a dica abaixo e boa leitura!

“Os anos – Annie Ernaux

Na minha lista de leitura deste ano, destaco como recomendáveis (por razões diversas) os romances: A garota e a noite, do jovem e talentoso francês, Guilhaume Musso; Violeta, da sempre certeira Isabel Allende, e, dentre os escritores brasileiros, o livro Baixo esplendor, do escritor, jornalista, roteirista Marçal Aquino.

Mas gostaria de dar maior destaque aqui para a obra, recentemente lançada no Brasil, Os anos, de Annie Ernaux, laureada com o Prêmio Nobel de Literatura de 2022. Confesso que não a conhecia, e só fiquei sabendo que estaria no Brasil, por coincidência, após o anúncio da premiação. Foi então que saí à procura de livros que já estavam à disposição dos leitores nacionais, por conta de sua participação na FLIP – Festa Literária de Paraty.

Embora não houvesse uma circulação maior no Brasil, trata-se de uma escritora de 82 anos, nascida na França em 1940, e já com uma longa trajetória e muitas publicações. Sua marca é a elaboração literária de suas memórias.

Neste livro, Os anos, temos um modo narrativo peculiar. Não existe uma personagem protagonista, pois o relato transita da subjetividade para o coletivo. Já que se trata de lembranças, não há um sujeito que pudesse falar em primeira pessoa. Trata-se de uma “autobiografia impessoal”, já que traduz, na verdade, a história de uma geração inteira, aquela que vivenciou a guerra e seus desdobramentos na Europa, em especial na França.

O modelo de texto é o da crônica, que se desenrola em um imenso painel sobre fatos significativos do tempo coberto pela obra. E é justamente este o mecanismo mais instigante da obra: um lirismo que reúne impressões do imaginário coletivo sobre a passagem dos anos, que, para além do tempo faz-se identidade. Vale a leitura, não apenas por se tratar de uma autora premiada, mas porque se trata de um texto agradável.”

Orlando Fonseca

Escritor e professor aposentado do departamento de Letras Vernáculas da UFSM

Imagem: Divulgação e arquivo pessoal
Edição: Fritz R. Nunes (Sedufsm)

 

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