Em reunião pública, Sedufsm propõe Grupo de Trabalho para aprofundar dados sobre forma de ingresso
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Atualizada em
05/04/23 11h49m
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Entidades da UFSM reivindicam que seja concedido mais tempo e possibilidades de diálogo
Os pedidos das representações das entidades que estiveram na reunião pública com a reitoria na manhã desta terça, 4 de abril, no Espaço Multiuso, foram no sentido de que se possa ter mais tempo para ampliar o diálogo em relação às formas de ingresso na UFSM.
Diretoras e diretores da Sedufsm, da Assufsm, da Atens, do Sinasefe, do DCE, além de diversos estudantes presentes, argumentaram contrariamente ao retorno do vestibular e do programa seriado, enfatizando também que as discussões que ocorreram foram insuficientes para formar um juízo conclusivo diante da proposta da Administração Central de reduzir as vagas através do Sistema de Seleção Unificada (SiSU).
Em sua intervenção, o presidente da Sedufsm, professor Ascísio Pereira, avaliou que os dados disponibilizados pela gestão são insuficientes para que o Sistema de Seleção Unificada (SiSU) possa ser responsabilizado pela evasão de estudantes na instituição.
Dentre os encaminhamentos, Ascísio sugeriu que, nesta quarta, 5, durante a reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE), seja acatado o parecer do pedido de vista relatado pelo estudante e conselheiro, Daniel Ballin, que aprova as seleções específicas, mas retira as questões do vestibular e do programa seriado da minuta em apreciação.
O dirigente da Sedufsm ainda propôs que seja montado um Grupo de Trabalho (GT), com uma agenda de reuniões públicas, cujo objetivo seria profundar o tema, com a busca de dados que subsidiem um debate mais global, que passe pela questão do ingresso, mas também pela evasão e pelas políticas de permanência na universidade.
Após a reunião pública desta manhã, as entidades sindicais e do movimento estudantil decidiram também encaminhar uma carta a todas e todos integrantes do CEPE, através da qual pedem que seja acatado o parecer de vista citado acima, em função da necessidade de mais prazo para um amplo debate.
Dialogicidade
Afora docentes, técnicos(as) e estudantes, que se manifestaram em defesa do SU e por mais tempo para debate sobre as formas de ingresso, esteve presente na reunião e usou a palavra, a professora estadual e vereadora, Helen Cabral (PT), que é vice-presidente da comissão de Educação no Legislativo municipal.
Usando um conceito do educador Paulo Freire, o da dialogicidade, Helen pediu ao reitor que reflita sobre a possibilidade de conceder mais prazo para um debate dialógico sobre a forma de ingresso na UFSM. Ela fez uma rememoração dos tempos em que era aluna e que morou na Casa da e do Estudante. Para ela, foram lutas como greves, protestos e ocupações, que garantiram a manutenção da universidade como pública e gratuita.
‘Qualificar o processo’
A reunião pública durou pouco mais de uma hora e o reitor, professor Luciano Schuch (foto acima), foi o último a falar. Ele descartou atender o pedido de adiar a reunião do CEPE ou mesmo tirar a minuta das formas de ingresso da pauta. Segundo ele, a decisão das e dos conselheiros é soberana.
Schuch elencou alguns dados que, na visão da Administração, dificultam a continuidade do SiSU como única forma de ingresso. Entre os dados, citou que através do SiSU as Instituições Federais não estariam conseguindo preencher mais que 40% das vagas e que isso tem se tornado um problema nacional. Para o reitor, ao propor o conteúdo da minuta que está em avaliação pelo Conselho, o objetivo não é acabar com as vagas pelo SiSU, mas, sim, “qualificar o processo de ingresso”, oportunizando alternativas na modalidade de acesso à instituição.
Confira abaixo a íntegra da reunião, que foi transmitida pelo Farol UFSM.
(Mais fotos abaixo, em anexo)
Texto e fotos: Fritz R. Nunes
Assessoria de imprensa da Sedufsm