Sedufsm intensifica debates para proposição de nova minuta sobre encargos docentes
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Atualizada em
24/11/23 15h14m
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As reuniões, que iniciaram dia 16 de novembro, seguem até dia 5 de dezembro contemplando centros e campi da UFSM
No dia 16 de novembro, a Sedufsm deu início aos debates nos centros e campi para a proposição de uma minuta sobre os encargos docentes que contemple as necessidades da categoria. O objetivo desses encontros, que estão previstos para acontecer até dia 5 de dezembro, é coletar informações para a criação de um novo documento sobre os encargos docentes, uma vez que a minuta elaborada pela Reitoria da UFSM não atende às demandas dos professores e professoras no que diz respeito à prevenção da sobrecarga de trabalho, entre outras questões. A elaboração deste novo documento está programada para ser realizada de forma colaborativa, em conjunto com o Grupo de Trabalho de Carreira (GT Carreira) da Sedufsm.
Na primeira reunião, a professora Neila Baldi e o professor Leonardo Botega, ambos integrantes da diretoria da Sedufsm, participaram do encontro que aconteceu no Auditório 355 (anexo 9A, no CT), e foi destinado ao diálogo com docentes do Centro de Tecnologia e do Centro de Ciências Naturais e Exatas (CCNE). A partir da reunião, a direção da Sedufsm constatou que há muitas inquietações por parte dos docentes e um descontentamento com os rumos da gestão atual da Universidade, que aponta para uma instituição pautada em valores neoliberais.
Já na manhã de segunda-feira (20), o professor Ascício Pereira e as professoras Márcia Mörschbächer e Simone Gallina, da diretoria da Sedufsm, participaram da reunião no Centro de Educação da UFSM (CE), que ocorreu no Audimax, auditório do CE e era destinada ao diálogo com docentes daquele centro. Após a reunião, ficou estabelecido a necessidade de discutir os encargos docentes a partir de alguns detalhes importantes, como por exemplo, editais em período férias e a diferença entre o trabalho docente e a questão de gênero deve estar presente na elaboração da minuta.
Além desses encontros, durante a semana também teve reunião conjunta do Centro de Arte e Letras (CAL) e Centro de Ciências Rurais (CCR), na quarta-feira (22), na qual estiveram presentes a diretora e o diretor da Sedufsm, respectivamente, professora Liane Weber e Marcos Piccin; e no Centro de Ciências da Saúde (CCS) durante a manhã desta sexta (24), na qual estiveram, pela diretoria, a professora Teresinha Weiller e os professores Leonardo Botega e Ascísio Pereira.
Avaliação
O professor e presidente da Sedufsm, Ascísio Pereira, considera importante construir um nível de esclarecimento sobre a carga horária docente em sala de aula, tanto para os professores e professoras como para a diretoria, visto que há muitas áreas diferentes dentro da instituição. Para ele, é crucial ouvir os colegas dessas diversas áreas para obter, de fato, uma visão mais abrangente da construção da proposta de encargos docentes.
“Tem sido muito positivo, quando a gente dialoga e escuta os colegas, e tem a percepção do que está acontecendo, o entendimento e o interesse que as pessoas têm a partir do momento que entendem a questão que está jogo, e como isso implica e vai implicar na vida e no trabalho docente”, avalia o professor.
Para Ascísio, a maior preocupação que se tem percebido durante as reuniões, é a dúvida dos docentes em conseguir cumprir apenas 40 horas de trabalho.
“Na prática, quando a pessoa começa a juntar e olhar tudo que ela faz, a grande percepção que se tem é que se faz mais de 40 horas, então, nesse sentido, o que se está percebendo é: vai fazer serviço que não está contabilizado ou vai deixar de cumprir serviços? Essa é uma das preocupações que está na categoria”, explica o presidente da Sedufsm.
O docente destaca que a preocupação central é o receio de que o projeto de revisão da minuta dos encargos docentes proposto pela Reitoria, possa construir efetivamente dois tipos de instituição: uma universidade de professor horista que vai estar presente 20 horas em sala de aula, e eventualmente até mais; e uma universidade de professor que faz ensino, pesquisa e extensão.
“Pelo o que acompanhamos dos colegas até agora, a maior preocupação é de uma universidade que a partir da sua gestão, tem uma visão de que tem que ser uma universidade de elite para no máximo 30% dos docentes e uma universidade com 70%, talvez mais, da categoria docente colocada num subnível, colocada em uma categoria inferior da instituição, construindo duas universidades: a universidade horista e a universidade elite, que é a de quem tem verba, que faz ensino, pesquisa e extensão”, argumenta Ascício.
As reuniões seguem acontecendo e a diretoria da Sedufsm ressalta que docentes que não participaram da reunião no seu centro, podem ir em outro centro se assim desejarem.
Agenda de reuniões da minuta dos encargos docentes
27 de novembro - CEFD
9h30, Miniauditório (prédio 51, 2º andar).
27 de Novembro, Campus de Frederico Westphalen
14h- Sala de reuniões (sala 19, bloco 2)
27 de Novembro, CCSH
16h, Sala 2275 (prédio 74A).
28 de Novembro, Campus de Palmeira das Missões
9h- Sala 307 (prédio 1)
5 de dezembro, Campus de Cachoeira do Sul
9h, Auditório (prédio C3)
Textos: Karoline Rosa (estagiária de jornalismo)
Edição: Fritz R. Nunes (jornalista)
Imagens: Italo de Paula (arte), Fritz R. Nunes e Karoline Rosa
Assessoria de Imprensa da SEDUFSM