Sedufsm segue na construção colaborativa de nova proposta sobre encargos docentes
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30/11/23 16h31m
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Reuniões buscam atender demandas dos professores e professoras, e se encerram terça-feira, em Cachoeira do Sul
Na próxima semana, dia 5 de dezembro, ocorre o último encontro da rodada de reuniões promovida pela Sedufsm para discutir os encargos docentes. A reunião acontece no Campus de Cachoeira do Sul, às 9h, no Auditório (prédio C3). As atividades começaram dia 16 de novembro, percorrendo os centros do campus sede e os campis. O objetivo dos encontros é coletar informações para a criação de um novo documento sobre os encargos docentes, uma vez que a minuta elaborada pela Reitoria da UFSM não atende às demandas dos professores e professoras no que diz respeito à prevenção da sobrecarga de trabalho, entre outras questões. A elaboração deste novo documento está programada para ser realizada de forma colaborativa, em conjunto com o Grupo de Trabalho de Carreira (GT Carreira) da Sedufsm.
Esta semana foram quatro reuniões: duas nos campi e duas no campus sede. Na manhã da última segunda-feira (27), as professoras Neila Baldi e Márcia Mörschbächer, ambas integrantes da diretoria da Sedufsm, participaram do encontro no Centro de Educação Física e Desportos (CEFD), que aconteceu no Miniauditório (prédio 51, 2º andar), e foi destinado ao diálogo com docentes do centro. Neste mesmo dia, pela tarde, reunião semelhante ocorreu no Centro de Ciências Sociais e Humanas (CCSH), que teve a participação das professoras Neila Baldi e Claudia Benetti.
Na tarde do dia 27 de novembro, o professor Ascísio Pereira e a professora Teresinha Weiller, também membros da diretoria da Sedufsm, estiveram presentes na reunião do campus de Frederico Westphalen, que ocorreu na sala de reuniões (sala 19, bloco 2), e era destinado aos docentes do campus. Já na terça-feira (28), os (as) docentes estiveram presentes no campus de Palmeira da Missões, para participarem da reunião que aconteceu na sala 307 (prédio 1), e que tinha como objetivo debater e conversar com os(as) professores(as) do campus sobre os encargos docentes.
Avaliação
Para o professor e presidente da Sedufsm, Ascísio Pereira, as reuniões têm sido muito proveitosas. “Para os docentes que vêm participando, as reuniões estão sendo de muita proposição e vontade de construir uma proposta que respeite a categoria docente. Primeiro, a indignação com a proposta da reitoria, e depois, a vontade de construir algo sólido e consistente para a categoria, que respeite o trabalho das professoras e professores da instituição”, explica Ascísio.
De acordo com o presidente da Sedufsm, os/as docentes que participaram dos encontros demonstraram grandes preocupações. “Muito medo de uma minuta colocada goela abaixo das e dos docentes, entendimento da falta de respeito com quem faz o trabalho no dia a dia”, afirma o professor.
Ascísio comenta sobre a preocupação dos docentes em relação ao estabelecimento de duas universidades, uma de elite, com uma pequena parte da categoria, e outra de professores e professoras horistas e que não conseguirão acessar recursos e não conseguirão realizar projetos de extensão e pesquisa, ficando apenas em sala de aula. Além disso, o professor destaca que as preocupações em relação a uma nova minuta, se assemelham nos diferentes campi.
“Os campi, têm as mesmas preocupações da sede e ainda agravado com a particularidade dos problemas dos campi. Sentem-se isolados e abandonados pela reitoria da instituição, em uma palavra, estão indignados”, declara o docente.
Preocupações e descontentamos da categoria
A professora e diretora, Neila Baldi, que participou das reuniões do campus sede, destaca que de modo geral, há um descontentamento com os rumos que a Universidade está tomando.
“Há uma percepção de uma instituição pautada em valores neoliberais e com viés autoritário, sem dar tempo para o diálogo e a discussão profunda com a comunidade acadêmica. Esta visão, que apareceu em todos os centros por mim visitados, é reflexo de ações como a que vimos em relação ao vestibular, aos encargos, às progressões e, agora, com o Programa de Gestão e Desempenho (PGD), em que se repete uma prática de envio de propostas de resoluções que alteram a vida cotidiana da comunidade no final do ano, com urgência para aprovação”, explica a diretora.
Neila afirma que em relação aos encargos docentes, é unânime, entre as unidades visitadas, que o atual modelo de publicização é falho, que não dá conta de todas as atividades realizadas pelos docentes.
“Quando computamos tudo o que fazemos, a soma é superior a 40 horas de trabalho semanal. Também foi verificada, em todos os centros visitados, a compreensão de que o tema é muito complexo e que demanda muita discussão, pois há singularidades de cada centro, ao mesmo tempo em que há questões comuns a todos”, argumenta a docente.
Para a diretora da Sedufsm, as principais preocupações da categoria quanto ao que constar na minuta, é em relação à publicização do trabalho docente.
“Verificamos questões sobre o tempo dedicado ao estudo, planejamento, correção de trabalhos e atendimento a estudantes, do mesmo modo que o tempo dedicado a orientações diversas. Em todos também apareceu a necessidade de limitar as horas em sala de aula”, declara Neila.
Texto: Karoline Rosa (estagiária de jornalismo)
Edição: Fritz R. Nunes (jornalista)
Imagens: arquivo
Assessoria de Imprensa da SEDUFSM