Comunidade dos campi da UFSM em Palmeira e Frederico prestigiam Cultura na Sedufsm
Publicada em
15/03/24
Atualizada em
15/03/24 17h41m
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Cantor Pedro Munhoz fez apresentação na quarta e quinta, dias 13 e 14 de março, nos dois campi. Na segunda, 18, será em S. Maria

Na quarta e quinta, 13 e 14 de março, os campi de Palmeira das Missões e Frederico Westphalen receberam pela primeira vez o Cultura na Sedufsm. Na 84ª edição, que está inserida na programação de “acolhimento” do início do semestre letivo, a atração foi musical, com a apresentação do cantor, poeta e trovador, Pedro Munhoz. Tanto no auditório da UFSM-PM quanto no Centro de Convivência da UFSM-FW, o público, composto por docentes, técnicos e estudantes, compareceu.
Nas falas de abertura, o diretor do campus de Palmeira, Luiz Anildo, assim como a vice-diretora do campus de Frederico, Solange Pereira dos Santos, agradeceram a iniciativa da Sedufsm e solicitaram que a ação do sindicato docente volte a se repetir em outros momentos.
Para o presidente da Seção Sindical, professor Ascísio Pereira, as apresentações de Pedro Munhoz, dentro do projeto Cultura na Sedufsm, foram momentos bastante proveitosos. Além de levar uma proposta de debate cultural, a partir de um estilo de música comprometida socialmente, a promoção do espaço também possibilitou um diálogo com professores e professoras sobre temas como salário, carreira, além de viabilizar a exposição de materiais produzidos pela entidade. Ascísio também comentou que, sim, estão nos planos da diretoria da Sedufsm novas atividades desse tipo nos campi.
A finalização da 84ª edição, com a música de Pedro Munhoz, acontece na segunda, 18 de março, às 17h30, no Auditório Flavio Schneider, junto ao prédio 42 (Centro de Ciências Rurais). Sempre com entrada franca.
Crítica ao individualismo e a defesa dos sem voz
Não é um simples show musical. É um momento de poesia e de interação com o público. É um espaço construído por um artista que tem quase 40 anos de estrada, sempre comprometido com uma visão de mundo que busca a crítica ao individualismo e a defesa dos que “não tem voz”. Esse é um resumo do que se pode ver em uma apresentação do artista gaúcho, mas que é um cidadão do mundo, Pedro Munhoz. Um “caminhante”, adjetivo que ele mesmo se atribui.
E caminhante define bem esse artista, que anda pelo Brasil afora, já tento morado em diversos lugares, como no Piauí, e hoje está residindo na Bahia, cantando suas poesias musicais, cuja intenção não é a busca da fama, mas, sim, de propagar uma forma de cultura comprometida com as causas sociais, como por exemplo, a luta em defesa do meio ambiente, a luta pela reforma agrária.
Em ‘Canção da Terra’, por exemplo, música que virou trilha de novela, em 2013, a partir da gravação do grupo ‘O Teatro Mágico”, uma mostra que Pedro Munhoz tem lado:
“E fez o criador a Natureza
Fez os campos e florestas
Fez os bichos, fez o mar
Fez por fim, então, a rebeldia
Que nos dá a garantia
Que nos leva a lutar
Pela Terra, terra
Pela Terra, terra...”
No diálogo que realiza com a plateia, sentado no banquinho com seu violão, Munhoz faz questão de elencar as suas inspirações. E assim vai recitando o dramaturgo alemão, Bertolt Brecht, o cearense Patativa do Assaré, que acabam se misturando com a pedagogia de Paulo Freire.
E para os desistentes ou aqueles e aquelas que acham que as dificuldades são intransponíveis, o artista tem uma canção com letra emblemática:
“Quem tem coragem
De dizer não
Perante o que há de vir?
Quem tem coragem
Se preciso for
Ser o primeiro a cair?”.
E para não que se perca a esperança, Pedro Munhoz entoa:
“Somos um, seremos mais
Lado a lado e em frente
Um mais um nunca é demais
É poesia, é gente...”
Texto e foto: Fritz R. Nunes
Assessoria de imprensa da Sedufsm
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