Assembleia docente aprova intensificar a mobilização
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Atualizada em
05/06/24 19h12m
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Próxima semana é vista como decisiva devido a reuniões com o governo
Em assembleia realizada na tarde desta quarta, 5 de junho, as e os docentes da UFSM dos campi de Santa Maria, Frederico Westphalen, Palmeira das Missões e Cachoeira do Sul, aprovaram a intensificação da mobilização de greve. Isso porque a próxima semana, devido a reuniões marcadas para dia 11 de junho (com técnico-administrativos) e 14 de junho (com docentes) no MEC, é considerada decisiva para que se consiga obter um retorno positivo por parte do governo em relação à pauta de reivindicações.
Além de considerarem inaceitáveis o reajuste zero em 2024 e as alterações na carreira propostas pelo Executivo federal, o movimento paredista de professoras e professores ainda quer respostas a outros itens solicitados na negociação, como por exemplo, a recomposição do orçamento das Instituições Federais de Ensino (IFEs) e o ‘revogaço’ de medidas que afetam negativamente os serviços públicos e que foram implementadas em governos anteriores.
A plenária também se tornou um espaço de críticas ao Proifes Federação, que aceitou assinar um acordo com o governo federal (no dia 27 de maio), mesmo sendo uma entidade sem registro sindical, o que levou a decisões judiciais que suspenderam essa assinatura. Por sugestão da vice-presidenta da Sedufsm, Marcia Morschbacher, a nota de repúdio elaborada e divulgada pelo Comando Local de Greve (CLG) na última quarta, 29 de maio, foi referendada unanimemente pela assembleia.
Foram aprovados ainda outros encaminhamentos, como por exemplo, a ampliação de integrantes do CLG, a transformação do conteúdo de uma fala da professora Regina Ehlers Bathlelt, que recuperou aspectos históricos da luta pela carreira e salário docente, em uma espécie de ‘carta aberta’ a docentes da UFSM. Essa ideia foi complementada para que seja pensada a publicação de um livro com depoimentos de docentes que contem um pouco da história de luta da Sedufsm, que completa 35 anos em 7 de novembro.
Avaliação
Leonardo Botega, diretor da Sedufsm, e que fez parte da mesa que coordenou a assembleia, avaliou que a assembleia teve um duplo papel:
“O primeiro, de denunciar a farsa que foi o acordo assinado entre governo federal e a Proifes, uma entidade que tem pouca representatividade junto à categoria docente. E, em segundo lugar, destacar a necessidade de intensificação da mobilização na próxima semana, que é uma semana decisiva. Isso porque as categorias de trabalhadores da educação terão reuniões importantes. Uma, no dia 11 de junho, do governo com os técnicos, e outra no dia 14 de junho, do governo com os e as docentes. Assim, a assembleia apontou a necessidade de intensificar os debates a própria mobilização, pressionando o governo, tendo em vista que, é graças a essas mobilizações que conseguimos arrancar essas novas reuniões na próxima semana”.
Botega também enfatizou a importância de ampliar a participação de professoras e professores nas atividades de greve. Ele ressaltou que o Comando Local de Greve (CLG) tem uma espécie de ‘QG’, que é o Lonão instalado em frente ao prédio do Centro de Tecnologia (CT) e, nesse local, todos os dias, com exceção daqueles em que ocorrem assembleias, existem pessoas ali para atender a categoria, dialogando, repassando informações e materiais sobre o movimento grevista que, na UFSM, iniciou em 25 de abril.
Informes
Na abertura da plenária desta quarta-feira, que ocorreu no Anfiteatro ‘C’, da Química, e que contou com a presença de cerca de 90 docentes nos quatro campi, sendo 80 deles em Santa Maria, ocorreu o momento dos informes.
O professor Gihad Mohamad (foto acima) fez um relato da sua participação em Brasília, como delegado da Sedufsm, no Comando Nacional de Greve (CNG). Ele falou das diversas atividades de mobilização do CNG, entre essas, a pressão em busca de apoio dos e das parlamentares federais. Segundo ele, a presença de três parlamentares na reunião de segunda, 3 de junho, foi bastante importante no sentido de ajudar a pressionar os negociadores do governo.
Leonardo Botega, diretor da Sedufsm, trouxe detalhes sobre a reunião ocorrida na terça, 4 de junho, com a reitoria. No encontro, do qual participaram integrantes do CLG, foi entregue um documento com a pauta de reivindicações locais aos gestores da instituição. Segundo Botega, houve uma sinalização da reitoria no sentido que em breve possa ser instalada uma mesa de negociação com as pró-reitorias que têm relação com a pauta apresentada.
Texto e fotos: Fritz R. Nunes
Assessoria de imprensa da Sedufsm