Reunião com o governo federal traz alguns avanços
Publicada em
Atualizada em
14/06/24 18h02m
1111 Visualizações
Encontro aconteceu na manhã desta sexta, 14, no MEC, em Brasília
No final da manhã desta sexta, 14 de junho, representantes dos Comandos Nacionais de Greve do ANDES-SN, do Sinasefe e da Fasubra, reuniram-se com integrantes do governo federal na sede do MEC para tentar dar mais alguns passos na negociação da pauta da greve. No caso dos e das docentes vinculados ao ANDES-SN, o movimento paredista estende-se desde a segunda quinzena de abril, sendo que, na UFSM, desde 25 de abril.
Já na abertura da reunião, o MEC sinalizou o aceite da imediata revogação da Portaria 983 e a criação de um Grupo de Trabalho para elaborar a nova regulamentação. A revogação seria imediata, após a assinatura do acordo. Essa portaria, entre outros problemas, alterou a carga horária mínima e impôs o ponto eletrônico para professores e professoras do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT), impactando de forma negativa o fazer docente e o tripé ensino, pesquisa e extensão.
“O governo reconheceu a força da nossa greve. O governo, pelas palavras do secretário Gregório Grisa [secretário- executivo adjunto do MEC], disse que a greve é forte e por isso iria apresentar propostas”, conta André Martins, representante da Seção Sindical do ANDES-SN no Instituto Federal de Rio Grande do Sul (Sindoif SSind.) no CNG do ANDES-SN.
Grisa também aceitou a reivindicação de ampliação do Reconhecimento de Saberes de Competências (RSC) para docentes aposentados e aposentadas do EBTT. Há já vários processos na Justiça para garantir esse direito. O governo anunciou que abrirá mão de apresentar contraponto nessas ações.
Após cobrança incisiva do ANDES-SN durante a negociação, o governo sinalizou, ainda, positivamente quanto à revogação da Instrução Normativa 66, que tem dificultado a progressão de várias e vários docentes e sido alvo de várias judicializações. Um novo elemento também foi colocado pelo Sinasefe, que apresentou uma outra proposta de ajuste nos steps das carreiras do magistério federal e do EBTT.
“Cobramos o compromisso, do MGI, de uma mesa permanente de trabalho para discutir a nossa carreira e também pontos do ‘revogaço’ que estão na nossa pauta, como a discussão da insalubridade, o reposicionamento de professores que fazem novos concursos e trocam de instituições e o reenquadramento dos aposentados, que é uma reivindicação fundamental”, acrescentou Eliene Novaes, representante da Associação de Docentes da Universidade de Brasília (Adunb Seção Sindical) no CNG.
Prevista para ocorrer somente com a participação do Ministério da Educação (MEC), a agenda contou com a presença de Mario dos Santos Barbosa, diretor do Departamento de Relações de Trabalho no Serviço Público do Ministério de Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), após cobrança das entidades para que fosse possível ter respostas sobre as pautas dos e das docentes federais em greve.
Caravanas com docentes de todo o país se deslocaram até Brasília para acompanhar a reunião na manhã desta sexta-feira (14). No período da tarde, as e os manifestantes se reuniram em uma plenária ampliada. Após o retorno do governo federal, o Comando Nacional de Greve deverá avaliar a resposta e enviar para análise e encaminhamento das assembleias de base.
Avaliação
Na avaliação do diretor da Sedufsm, professor Leonardo Botega, "a reunião trouxe o aceite de alguns pontos importantes de nossa pauta de reivindicações como a Revogação da IN 66 e da Portaria 983, em que pese não ter avançado na pauta salarial. Cabe agora a avaliação em uma nova rodada de assembleias. Vamos aguardar a análise do Comando Nacional de Greve", destaca.
Texto: Fritz R. Nunes com informações do ANDES-SN
Fotos: Sinasefe e ANDES-SN
Assessoria de imprensa da Sedufsm