Falta de regulamentação do acordo de greve no serviço público fragiliza categorias SVG: calendario Publicada em
SVG: atualizacao Atualizada em 05/12/24 19h15m
SVG: views 187 Visualizações

Evento do Escritório Wagner Advogados Associados discutiu questões caras ao funcionalismo público, com participação da Sedufsm

Alt da imagem

Enquanto no âmbito celetista há uma regulamentação dos acordos firmados entre patrões e empregados, de forma que, se não cumpridos, podem ser cobrados judicialmente por meio de ação trabalhista, no setor público a situação é diferente. A inexistência de uma regulamentação própria para os acordos assinados entre Executivo e servidores públicos gera um cenário de fragilidade, segurança e, sobretudo, vigília e luta constantes.

Discussões como a exposta acima foram realizadas entre os presentes no Seminário “A defesa dos servidores públicos e trabalhadores – um olhar para o futuro”, promovido pelo escritório Wagner Advogados Associados (WAA) no último dia 28 de novembro.  O evento marcou os 40 anos de existência do escritório.

“Não há interesse político na regulamentação efetiva de um acordo de greve no serviço público. O que estamos vendo aqui é um retrocesso”, disse Heverton Padilha, advogado do escritório, em uma das mesas de debate do Seminário. Dividiram espaço com ele representantes da Sedufsm, Sinasefe e Assufsm, três entidades para as quais o escritório presta assessoria jurídica.

Leonardo Botega, então diretor da Sedufsm, foi quem representou a entidade ao microfone. Em sua fala, ele lembrou que a greve docente deflagrada entre os meses de maio e junho de 2024 não foi fácil e, ao fim do movimento, assinou-se um documento que, embora não tenha sido plenamente favorável, foi o acordo possível para aquele momento.

Orçamento público em disputa - “Nossas categorias estavam com uma sensação de ‘bom, derrotamos o Bolsonaro, a classe operária chegou ao paraíso’, mas sabemos que o paraíso está sempre mais adiante. Caímos na dura realidade de que um governo de frente amplíssima é um governo que tu vai ter de disputar o tempo inteiro. Nossa greve foi para mostrar ao governo que não é só a turma do Itaú, do Bradesco e do agro que vai lá chorar. Nós vamos disputar o orçamento também. Essa foi uma greve de disputa do orçamento público”, disse o professor Botega.

Findada a greve, passou-se ao momento de pressionar para que o acordo seja implementado. “Não chegamos ao paraíso, e estamos fazendo a disputa pela implementação do acordo. Esse é o momento em que estamos hoje”, situa o ex-dirigente da Sedufsm. Um dos pontos do acordo é o que trata da reposição salarial, e, quanto a isso, há certa preocupação na categoria, pois o Projeto de Lei (PL) que efetiva esse ponto deveria ter entrado em pauta ao final de outubro, depois, a perspectiva era de que fosse apresentado na metade de novembro.

“E agora, a última informação que nos foi repassada pelo ANDES-SN é de que está na Casa Civil um projeto com mais de 700 páginas. Mas não sabemos nada mais efetivo. Temos de pressionar para que o governo faça assim como fez no reajuste anterior linear de 9%: que encaminhe a partir de Medida Provisória”, defende Botega.

EBTT – Outros pontos do acordo assinado ao fim da greve deste ano dizem respeito especificamente aos docentes do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT), pois, embora componham o Magistério Federal junto com os docentes do Ensino Superior, não gozam dos mesmos direitos. Aos docentes EBTT vem sendo cobrada a regulamentação da jornada de trabalho via ponto eletrônico, algo que fere a isonomia entre as carreiras do Magistério Federal.

Atualmente está em vigência um grupo de trabalho, fruto da greve, que discute e disputa as diretrizes da carreira EBTT. Esse grupo deve encerrar suas atividades no dia 13 de dezembro.

Heverton Padilha lembra que o controle via ponto eletrônico exigido dos docentes EBTT é um resquício do Decreto nº 1.590, de 1995, quando vigorava o Plano Único de Classificação e Retribuição de Cargos e Empregos (PUCRCE). Contudo, desde a Lei nº 12.772, de 2012, a carreira EBTT é reconhecida como uma carreira do Magistério Federal, ao lado das e dos docentes do ensino superior.

Padilha ressalta que, hoje, os docentes EBTT têm as mesmas atribuições dos docentes do magistério superior, realizando ensino, pesquisa e extensão. Então, a isonomia entre as carreiras é fundamental.

“Estamos vendo uma dificuldade absurda de se reconhecer algo tão simples”, criticou o advogado.

Confira, no Youtube do Escritório Wagner Advogados Associados, a íntegra do evento:

 

Texto: Bruna Homrich

Foto: Wagner Advogados Associados/Santa Maria

Assessoria de Imprensa da Sedufsm

 

SVG: camera Galeria de fotos na notícia

Carregando...

SVG: jornal Notícias Relacionadas

Plantão jurídico da Sedufsm entra em recesso e retorna no final de janeiro

SVG: calendario 17/12/2024
SVG: tag Jurídico
Escritório que atende filiados e filiadas tem canais para atendimento emergencial

Sedufsm alerta para novo golpe no WhatsApp utilizando indevidamente o nome e a imagem do sindicato

SVG: calendario 10/12/2024
SVG: tag Jurídico
A Sedufsm reforça que qualquer comunicação oficial é feita exclusivamente pelos canais institucionais. Confira sempre o destinatário.

Sedufsm discute Acordo de Greve em evento promovido pelo escritório jurídico WAA

SVG: calendario 26/11/2024
SVG: tag Jurídico
Evento, que aborda temas caros às servidoras e servidores públicos federais, terá transmissão online

Veja todas as notícias