Deliberação sobre proposta de política ambiental da UFSM fica para 2025 SVG: calendario Publicada em
SVG: atualizacao Atualizada em 06/12/24 17h24m
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Em audiência pública nesta sexta, 6, Proplan se comprometeu com documento ao Consu que abranja proposições das entidades

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Audiência pública na manhã desta sexta-feira ocorreu no Auditório Wilson Aita

A proposta de política ambiental da UFSM será avaliada e votada pelo Conselho Universitário (Consu) da UFSM somente no início de 2025, provavelmente em março. Além disso, o documento a ser encaminhado para apreciação no Consu deverá conter não apenas as proposições da Reitoria, mas também as sugestões apresentadas pelo Coletivo formado por sindicatos e movimentos sociais.

A elaboração dessa versão para o Conselho deve começar a ser feita em uma reunião conjunta entre entidades e Pró-Reitoria de Planejamento (Proplan), já na próxima semana, em um dia que ainda será combinado. Esses foram os encaminhamentos da audiência pública sobre a política ambiental da UFSM, promovida pela Proplan, na manhã desta sexta, 6, no Auditório Wilson Aita (CT).

A decisão de adiar a votação e também de contemplar as entidades na versão final do documento ocorreu depois de bastante pressão durante o encontro, que teve uma plateia pequena, mas bastante participativa. Para a vice-presidenta da Sedufsm, professora Liane Weber, que acompanha as discussões desde o seu início, o que foi definido na audiência pública é muito positivo, tendo em vista que leva em conta a mobilização ocorrida, com diversas reuniões, e valoriza o esforço de docentes, técnicos/as e estudantes, que não apenas estudaram o tema, mas elaboraram importantes contribuições.

O encontro desta sexta, que foi transmitido pelo canal da UFSM no Youtube, foi aberto pelo pró-teitor de Planejamento, Rafael Lazzari (foto acima), que falou sobre a importância de “ampliar e democratizar o debate” sobre a política ambiental da instituição. Na plateia também estava presente a vice-reitora, professora Martha Adaime, além de diversos sindicatos, representações estudantis, integrantes de órgãos da universidade e membros da comunidade santa-mariense.

Um dos primeiros a falar foi o professor Ascísio Pereira, ex-presidente da Sedufsm e atual membro do Conselho de Representantes da seção sindical. Ele fez um resumo dos motivos que levaram as entidades a participarem dessa discussão, citando o convite “provocativo” das professoras Marta Tocchetto e Carmem Dickow, que demonstraram preocupação sobre o andamento da discussão de uma política ambiental para a UFSM com pouca participação da comunidade. Enfatizou ainda a necessidade de que seja construído um processo “o mais democrático possível”.

Integração dos segmentos

Em sua primeira intervenção, Marta Tocchetto (foto abaixo), professora aposentada do departamento de Química, ressaltou que o objetivo da discussão sobre a política ambiental não era de apenas cumprir uma formalidade. “O debate precisa ser abrangente, integrando todos os segmentos da instituição e também a comunidade externa”, defendeu ela. Nesse sentido, a docente criticou a versão mais recente divulgada pela Proplan, que segundo ela, desconsiderava as contribuições das entidades, o que se mostraria incoerente com o discurso oficial de “ampliar e democratizar”.

José Américo de Mello Filho, professor aposentado do departamento de Engenharia Rural, também reclamou do fato de a gestão da universidade não contemplar, na versão mais recente da proposta, as sugestões do coletivo que agregava sindicatos, movimentos e técnicos. Ele também criticou a interpretação de que haveria uma proposta da Reitoria versus uma proposta do sindicato. No momento de sua intervenção, o docente reivindicou mais prazo para a discussão, pois a versão da Proplan, segundo ele, era “insuficiente”.

Dentre as divergências em relação ao documento estão, por exemplo, o fato de que o conceito defendido pelo coletivo de entidades é de uma política “socioambiental” e não apenas “ambiental”. Além disso, a composição do comitê gestor da política ambiental, também é outro ponto de discordância. Enquanto as entidades defendem uma ampliação dessa representação, com uma espécie de “colegiado gestor” que tenha caráter deliberativo, a interpretação da Proplan, alegando questões legais, é que, se o comitê e/ou colegiado tiver função deliberativa, teria que se pautar pela relação 70% de presença docente e 30% de presença dos demais segmentos.

Na mesma linha sobre a questão da representatividade no Comitê Gestor, a vice-presidenta da Sedufsm, Liane Weber (foto abaixo), enfatizou que a composição precisa ser revista. Segundo ela, é preciso agregar outros setores, como por exemplo, as casas de estudantes, o hospital universitário, representações de comércio que trabalham com a venda de comida e lanches na instituição, entre outros.

Everton Picolotto, presidente da Sedufsm, fez uma intervenção, quase ao final da atividade, na qual avaliou positivamente a participação da comunidade no debate sobre o tema. “Temos que valorizar o interesse das pessoas em contribuir”, disse ele. Para o docente, as divergências não precisam levar a um conflito, mas sim, que se deve buscar aparar as arestas e assim chegar a um entendimento em relação a uma questão fundamental para a instituição.

Confira aqui o documento produzido pelo coletivo de sindicatos e movimentos.

E, abaixo, a íntegra da audiência pública.

 

Texto e fotos: Fritz R. Nunes
Assessoria de imprensa da Sedufsm

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- Proposta de política ambiental apresentada pela Reitoria da UFSM

- Proposta de política ambiental elaborada pelo coletivo de entidades

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