Conselho Universitário aprova política ambiental da UFSM SVG: calendario Publicada em 28/03/25
SVG: atualizacao Atualizada em 28/03/25 17h00m
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Minuta deliberada no Consu resultou do debate proposto pela Sedufsm, demais sindicatos e segmentos da instituição

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Professor Ascísio Pereira durante manifestação no Consu desta sexta-feira

Foi aprovada por unanimidade na manhã desta sexta, 28 de março, por integrantes do Conselho Universitário (Consu) da UFSM, a minuta que institui a política ambiental da universidade. O documento final, encaminhado pela Pró-Reitoria de Planejamento (Proplan), resultou de um grande movimento na UFSM, envolvendo sindicatos como a Sedufsm, Assufsm, Atens, lideranças do movimento estudantil. O relato sobre o processo envolvendo a minuta, durante a sessão do Conselho, foi feita pelo professor Alessandro Lúcio, diretor do CCR.

A mobilização começou em meados de setembro do ano passado, quando a Sedufsm foi procurada pelas professoras Marta Tocchetto (aposentada do departamento de Química) e Carmem Dickow (departamento de Química) para tratar da proposta que estava prestes a ser encaminhada ao Conselho Universitário apenas com uma consulta virtual, sem mais debates.

A Sedufsm, então, marcou uma reunião com o chefe de gabinete do reitor, professor Eduardo Rizzatti. Foi através daquela intervenção, que contou com o apoio da Atens, depois da Assufsm, do movimento estudantil, e de docentes da base da seção sindical, que se obteve o compromisso da reitoria de que a minuta não iria à votação no Consu e que seriam reabertos os espaços de discussão. Dessa forma, até o final do ano passado, ocorreram uma plenária e uma audiência pública, que ajudaram na nova formatação do texto.

A vice-presidenta da Sedufsm, professora Liane Weber, do departamento de Engenharia Rural, ressalta a importância da mobilização das bases, tanto da Sedufsm, como das demais entidades, para o resultado final, que é aprovação de uma política ambiental com a participação da comunidade. “É muito importante ouvir a contribuição das pessoas, para que não tenhamos apenas uma política formal, apenas para constar no papel”, frisa ela.

Ascísio Pereira, atual membro do Consu e presidente da Sedufsm em 2024, quando houve a mobilização, destacou durante a sessão do Conselho desta sexta-feira o histórico da mobilização, com a participação ampla da comunidade em diversas reuniões e debates, e com uma proposta aprovada que resultou do diálogo com os segmentos da universidade e com a própria comunidade externa à UFSM.

Teresinha Weiller, ex-diretora da Sedufsm, e atual integrante do Consu, considerou que o documento em discussão por conselheiros e conselheiras era de extrema importância, pois coloca a UFSM como “protagonista” nesse debate que é atualíssimo, que busca valorizar os temas ambientais. A docente elogiou a atuação das professoras Marta Tocchetto e Carmem Dickow nessa temática, o que foi corroborado pela vice-reitora, que dirigia a reunião, professora Martha Adaime.

Avanço, com quase todas as sugestões acatadas

Para Marta Tocchetto, uma das fomentadoras iniciais do debate, a aprovação da política socioambiental da UFSM foi resultado da mobilização e da construção coletiva da comunidade interna e externa à Instituição. Ela cita a participação de todos os segmentos, formados por docentes, técnicos e técnicas em educação, discentes, por meio da Sedufsm, Atens, Assufsm, DCE, Comitê Ambiental da Casa do Estudante, dentre outros. “A Sedufsm, sensível à importância da construção participativa, ao ser procurada, arregaçou as mangas e passou junto com todos e todas a construir o Coletivo pela Política Socioambiental da UFSM”, ressalta ela.

Marta comenta que “praticamente todas as sugestões que partiram da comunidade, por meio da Plataforma Mais Brasil, da Plenária Ambiental, da Audiência Pública e das diversas reuniões com a Proplan e a Proinfra, foram aceitas e contempladas no texto final”. A docente exemplifica três avanços alcançados após as discussões, quando se compara com texto inicial, elaborado na Proplan.

1. Política Socioambiental e não apenas ambiental, deixando claro que não há dissociação entre as questões ambientais e as sociais;

2. ⁠Comitê gestor deliberativo e não apenas consultivo.

3. ⁠ Criação de subcomissões por unidade de tal forma que as demandas da comunidade cheguem de forma mais ágil ao Conselho Gestor.

Basicamente, o único ponto em que não se conseguiu avançar, foi na questão da ampliação da representatividade dos segmentos no Conselho Gestor. Conforme a assessoria jurídica da UFSM, é preciso seguir a lei, ou seja, mantendo o percentual 70 a 30 (maioria de docentes em relação aos demais segmentos).

‘Construção diária’

Na visão de Marta Tocchetto, o trabalho não se esgota com a aprovação da política. “A construção é diária e exige que a comunidade, como um todo, da Sede Central e demais campi, internalizem seus princípios e os ponham em prática em todas as atividades e ações”. E complementa: “A UFSM precisa dar demonstrações contundentes a respeito da sua preocupação com a educação e com a gestão socioambientais em direção a uma sociedade socialmente e ambientalmente justa e saudável”.

 

Texto: Fritz R. Nunes
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Assessoria de imprensa da Sedufsm

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- Minuta de Política Ambiental da UFSM

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