Sedufsm leva urnas do Plebiscito Popular até os campi da UFSM em Frederico Westphalen e Palmeira das Missões
Publicada em
04/08/25
Atualizada em
04/08/25 16h40m
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Iniciativa questiona opinião da população sobre questões como fim da escala de trabalho 6x1 e taxação de super-ricos

As aulas na UFSM retornaram nesta segunda-feira, 4 de agosto, e, com elas, a possibilidade de votar no Plebiscito Popular 2025, que pede a opinião da população sobre temas como o fim da escala de trabalho 6x1 e a taxação das e dos super-ricos. A novidade é que, a partir de hoje, as comunidades dos campi de Frederico Westphalen e Palmeira das Missões podem participar da pesquisa, depositando seu voto nas urnas físicas localizadas nos seguintes locais:
- Frederico Westphalen: Sala 308 do prédio principal, ocupada pela professora Fabiana da Costa Pereira, do Departamento de Ciências da Comunicação. Dias e horários: Terças, quartas e quintas-feiras, das 8h30 às 11h30;
- Palmeira das Missões: Sala 111 do bloco da Administração e Economia, ocupada pela professora Vânia Beatriz Rey Paz, do Departamento de Administração. Dias e horários: de segunda a quinta-feira, das 10h às 12h e das 14h às 17h.
Ambas as professoras que cederam suas salas para acolher urnas do Plebiscito são dirigentes da Sedufsm. A seção sindical vem apoiando essa iniciativa, por advir de grande mobilização nacional organizada por movimentos sociais, centrais sindicais, partidos progressistas, coletivos, juventudes e entidades da sociedade civil.
Desde o dia 23 de julho, já é possível votar na urna física instalada na sede da Sedufsm, localizada na rua André Marques, nº 665, em Santa Maria. A diferença é que, agora, os votos também serão coletados nos campi da UFSM em Frederico Westphalen e Palmeira das Missões.
Todo cidadão e cidadã pode votar, devendo assinar a lista com nome e CPF, preencher a cédula e depositá-la na urna.
Votação online – Para quem não puder se deslocar até a sede da Sedufsm em Santa Maria, ou até as salas dos campi descentralizados, é possível votar via QR Code. Basta apontar a câmera de seu celular para a imagem abaixo e seguir esses passos:
- Entrar no link gerado pelo QR Code da urna da Sedufsm;
- Preencher os dados pessoais;
- Responder as duas perguntas do plebiscito;
- Enviar o voto.
O sindicato organizará esses votos (físicos e digitais) e encaminhará semanalmente os relatórios e as listas dos votos e votantes para a comissão organizadora do plebiscito que centraliza todas as informações. A votação ocorre até o dia 7 de setembro.
Com urnas espalhadas por todo o país, em praças, escolas, sindicatos, igrejas, locais de trabalho e também em formato digital, a iniciativa busca pressionar o Congresso Nacional a debater e aprovar medidas que assegurem mais justiça social, como a redução da jornada de trabalho sem redução salarial e uma reforma tributária que alivie a carga sobre os mais pobres e aumente a contribuição dos que concentram renda, patrimônio e lucros no país.
Fim da escala 6x1: vida além do trabalho
A primeira questão da consulta trata do fim da escala 6x1 e da redução da jornada de trabalho. A proposta é permitir que trabalhadoras e trabalhadores tenham mais tempo para o lazer, o convívio social e o cuidado pessoal, sem redução de salário. A escala 6x1 é apontada por lideranças sindicais e movimentos populares como um símbolo da precarização do trabalho e da exaustão física e mental dos trabalhadores.
A reivindicação ganhou fôlego a partir do movimento Vida Além do Trabalho, que denuncia a intensificação das jornadas no Brasil, inclusive com o uso abusivo de tecnologias que estendem o expediente para além do horário formal, como aplicativos e mensagens de trabalho fora do expediente.
Ao final do ano passado, quando essa pauta ganhou força em todo o país, a Sedufsm produziu uma reportagem a respeito. Clique no link para ler a matéria
Justiça tributária: quem ganha mais, paga mais
A segunda pergunta do plebiscito trata de um tema antigo, mas ainda não resolvido no Brasil: a justiça tributária. A proposta apoiada pela campanha sugere isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês e aumento da alíquota para quem recebe acima de R$ 50 mil. A ideia é corrigir distorções históricas do sistema brasileiro, que ainda se baseia majoritariamente em impostos sobre o consumo, penalizando justamente quem ganha menos.
Nesse sentido, o plebiscito se torna uma ferramenta para pressionar o parlamento, que frequentemente se opõe a reformas que mexem com os privilégios das elites econômicas.
Plebiscito foi referendado pela categoria no 68° Conad
Com o objetivo de fortalecer a mobilização nacional em torno do Plebiscito Popular 2025, o ANDES-SN aprovou, durante o 68º Conad, realizado entre os dias 11 e 13 de julho na Universidade Federal do Amazonas (UFAM), integrar-se ativamente à campanha. A resolução convoca a categoria docente, suas seções sindicais e convida demais entidades da Educação a se somarem à iniciativa.
Nos debates, delegadas e delegados ressaltaram o plebiscito como uma ferramenta estratégica de escuta popular e articulação em defesa dos direitos da classe trabalhadora. Também foi aprovada a orientação para que o Sindicato Nacional promova ações de divulgação, rodas de conversa e debates nos locais de trabalho, instituições de ensino e espaços acadêmicos, por meio de suas secretarias regionais e seções sindicais.
O ANDES-SN recentemente também lançou apoio ao plebiscito. Leia aqui.
Uma tradição de luta e escuta popular
O plebiscito popular é uma prática que tem sido utilizada por movimentos sociais desde o final dos anos 1990, e já abordou temas como a dívida externa, a reestatização da Vale do Rio Doce e a convocação de uma Constituinte exclusiva. O formato combina mobilização de base com recursos digitais e aposta no protagonismo da população como sujeito ativo nas decisões que afetam sua vida.
Para além da contagem de votos, a proposta visa fortalecer a consciência política e ampliar o diálogo entre os setores populares. No site do é possível ter acesso a diversos materiais informativos e também de divulgação e de mobilização, tudo disponível para download, assim como no perfil oficial do plebiscito no Instagram @plebiscitopopular.
Texto: Bruna Homrich e Nathália Costa
Fotos: Jefferson Pinheiro
Assessoria de Imprensa da Sedufsm
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