Manifestantes ocupam praça e as ruas contra a impunidade de políticos e golpistas
Publicada em
25/09/25
Atualizada em
25/09/25 10h38m
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Sedufsm participou junto com outros sindicatos e movimentos de ato nesta quarta-feira, 24 de setembro

No final da tarde desta quarta, 24 de setembro, sindicatos e movimentos sociais ocuparam a praça Saldanha Marinho e, em seguida, marcharam até a Câmara de Vereadores. Com faixas, cartazes e palavras de ordem, manifestaram-se contra a impunidade de políticos e rejeitaram a anistia a golpistas que atentaram contra a democracia em 8 de janeiro de 2023, recentemente condenados pelo STF. A derrubada, pelo Senado, da chamada PEC da Blindagem foi celebrada nos discursos, que destacaram o poder da pressão popular responsável pelo recuo dos parlamentares.
A manifestação também foi um espaço importante para que se lembrasse que a pauta esperada pela população não é a que blinda as e os congressistas de responderem por crimes na justiça, ou a que isenta quem atentou contra os valores democráticos. Durante as falas, a ênfase foi para que a sociedade se some para cobrar de seus representantes em Brasília que coloquem em votação temas como:
- Isenção do imposto de renda para quem ganha até 5 mil reais;
- Fim da escala de trabalho 6 x 1 (seis dia de trabalho e um dia de descanso);
- Taxação das grandes fortunas.
Ao usar o microfone do carro de som em nome da Sedufsm, o presidente da seção sindical, professor Everton Picolotto (foto acima) enfatizou o êxito da mobilização popular do último final de semana, que conseguiu fazer com que o projeto da impunidade na Câmara fosse rejeitado na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Para o dirigente da Sedufsm, essa pressão deve continuar para que não ocorra o que já aconteceu em tempos passados, em que os envolvidos em processos golpistas acabaram saindo sem punição. “Precisamos dar um basta a esse tipo de impunidade”, frisou Picolotto.
Diversos sindicatos, inclusive os que integram a Frente Única de Santa Maria, também levaram a pauta da contrariedade à Reforma Administrativa que está sendo gestada na Câmara Federal. A ressalva com a proposta, que ainda não foi publicizada oficialmente, é de que os pontos já adiantados pelo relator, ampliam a precarização dos serviços públicos em todos os níveis, facilitando ainda mais os processos de privatização.
As manifestações desta quarta-feira também levantaram outros pontos importantes que se destacam na conjuntura. Um deles é a Reforma da Previdência do governo de Santa Maria, que, se aprovado na Câmara, causará redução de salários e de direitos do funcionalismo. O outro foi a questão do genocídio a palestinas e palestinos, que vem sendo perpetrado pelo Estado de Israel.
O evento encerrou com uma caminhada até a Câmara de Vereadores e Vereadoras, local em que ocorreria uma audiência pública sobre moradores em situação de rua em Santa Maria.
Texto e fotos: Fritz R. Nunes
Assessoria de Imprensa da Sedufsm
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