Em reunião no CEFD, diretoria da Sedufsm detalha ataques da Reforma Administrativa SVG: calendario Publicada em 24/10/25
SVG: atualizacao Atualizada em 24/10/25 18h32m
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Semana que vem é de mobilização, com reunião no CCNE, Plenária Geral e panfletagem

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Seguindo o calendário de mobilização definido em assembleia, a diretoria da Sedufsm promoveu, na tarde desta sexta-feira, 24 de outubro, reunião com as e os docentes do Centro de Educação Física e Desportos (CEFD) para falar sobre o que está em jogo com o projeto de Reforma Administrativa em tramitação no Congresso Nacional. Neila Baldi, diretora que é docente do curso de Dança-Licenciatura, começou elencando os quatro principais ataques contidos no texto:

- Restrição aos concursos, com implantação estrutural de terceirizações e contratos temporários de até 5 anos;

- Achatamento salarial, já que a proposta prevê tabela única remuneratória para todo o funcionalismo, com salários iniciais iguais ou menores que 50% do topo. Isso, diz Neila, colocaria abaixo a conquista da última greve docente, em que o movimento sindical conseguiu que o salário inicial para ingressante com doutorado fosse 53% do salário final da carreira, gerando maior atratividade para quem quer ingressar na docência;

- Sistema de metas e Programas de Gestão de Desempenho (PGD), passíveis de serem utilizados para demissões. Atualmente, disse Neila, as e os docentes já são avaliados por sua produtividade, sendo isso inclusive critério para a progressão na carreira. Ocorre que, com a Reforma, as metas poderiam passar a ser inatingíveis. E tais metas não necessariamente se refeririam apenas à produtividade, mas a diversos outros aspectos, conforme reforçou o diretor Cleder Martins, exemplificando que, tal qual na rede estadual de ensino, pode ser cobrado das e dos professores que formem mais estudantes, punindo aqueles e aquelas cujas turmas sinalizassem maiores índices de evasão;

- Teto de Gastos no serviço público, que define uma elevação de despesas limitada a 2,5% ao ano, independente da evolução de receita. Neila lembrou que as universidades já vivem um cenário de asfixia financeira e que o orçamento para 2026 é o menor desde o segundo governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Então, o teto de gastos imposto pela Reforma pode reforçar o sucateamento e o desinvestimento estatal na educação brasileira e, em especial, no ensino superior público.

Outros malefícios contidos na Reforma Administrativa, tais como os ataques à estabilidade, a extinção de cargos, a ampliação da terceirização e a quebra dos princípios constitucionais de igualdade e impessoalidade, também foram debatidos.

Proposta encomendada – A diretora Neila Baldi e os diretores Cleder Fontana e Jadir Lemos, presentes à reunião no CEFD, destacaram que o projeto de Reforma Administrativa foi encomendado por setores da iniciativa privada, cujo interesse reside no desmonte do serviço público. Exemplo citado por Cleder foi o manifesto divulgado pela Fecomercio de São Paulo nesta quinta, 23, com o título “É hora de o Congresso agir – o Brasil precisa da Reforma Administrativa”.

Uma vez que 2026 é um ano eleitoral e, tradicionalmente, as e os parlamentares não votam projetos polêmicos ou impopulares nesses períodos, a diretoria enfatizou que esses dois últimos meses do ano devem ser usados para frear de vez o avanço da Reforma, com mobilização permanente e vigilância constante.

Neste sentido, ao fim da reunião, foi deixado o convite para que a comunidade docente do CEFD fortaleça as atividades de mobilização que ocorrem na próxima semana. Veja abaixo:

29 de outubro- quarta-feira

9h- Plenária no CCR, aberta a docentes de todas as Unidades da UFSM.

Local: Auditório Flávio Miguel Schneider.

Haverá a participação do advogado Heverton Padilha, que fará esclarecimentos sobre os impactos da Reforma Administrativa para a categoria docente. Também participará do debate um/a representante da Assufsm e um/a do DCE

30 de outubro-quinta-feira

9h30- Reunião no Auditório Sérgio Pires (prédio 17, Geociências), destinada a docentes do CCNE;

11h30 às 13h30- panfletagem no arco de entrada do campus sede em Camobi.

As atividades da próxima semana são uma continuidade do calendário aprovado durante a assembleia do dia 7 de outubro. De lá para cá, a seção sindical já participou de atividades como uma plenária no Centro de Educação, uma plenária da Assufsm e de uma visita aos campi de Frederico Westphalen e Palmeira das Missões.

 

Texto e fotos: Bruna Homrich

Assessoria de Imprensa da Sedufsm

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