‘Em busca de mim’, um relato de luta e resistência Publicada em 19/11/25
Atualizada em 19/11/25 11h49m
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Professora Liane Weber sugere a leitura da autobiografia de Viola Davis

Nesta quarta, 19 de novembro, véspera do Dia da Consciência Negra, a sugestão é a leitura de “Em busca de mim”. A autobiografia da atriz norte-americana Viola Davis é uma indicação da diretora da Sedufsm, professora Liane Weber. Para a docente, as 265 páginas relatam uma “história de perdão e amor a si mesma”. Segundo Liane, impossível não se identificar, seja com as dores da autora ou com “os privilégios que nos sustentaram (e ainda sustentam) quando se trata de branquitude.” Leia a íntegra da dica abaixo.

“Estupendo... um banho de água gelada na cara da sociedade, para despertar da ilusão dos privilégios e sobre o que as pessoas precisam entender, de uma vez por todas, sobre as violências estruturais.

Ao contar sua história de vida, Viola Davis faz mais do que um desabafo de suas dores e superações. Ela nos presenteia com um relato minucioso sobre lutar e resistir às formas mais cruéis que uma criança pode sofrer: o desamparo provocado pelas estruturas sociais opressoras.

‘Em busca de mim’ é uma autobiografia que, para ser contada com legitimidade, escancarou para o mundo o racismo como estrutura e não como detalhe. Uma estrutura que permeia a jornada de Viola desde a infância até a vida adulta e que, vergonhosamente, define quem pode sonhar, falar, existir.

O relato da atriz, hoje multipremiada, inclusive com um Oscar, conta sobre a pobreza como violência política de estado. Acentua as questões de gênero, corpo e sexualidade (indissociáveis quando se trata de uma mulher retinta) e mostra a arte como um instrumento de resistência e superação.

O relato é duro, mas contado com o afeto e a fluidez que permeiam as histórias de sobrevivência... de quem parou de correr do seu passado e abraçou a garotinha assustada que não aceitou as definições que o mundo estruturou pra ela.

É uma história de amor e perdão a si mesma. Uma história de revolução, que prende a nossa leitura do começo ao fim...é impossível parar de ler...é impossível não se identificar, seja com suas dores ou com os privilégios que nos sustentaram (e ainda sustentam) quando se trata de branquitude.

Gratidão por compartilhar tua história comigo, Viola!

Sigamos em luta...sempre!.”