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Henrique Teixeira Lott: um patriota esquecido

06/06/2011

Daniel Arruda Coronel
Professor do departamento de Economia e Relações Internacionais.

No dia 19 de maio completaram-se vinte e sete anos do falecimento do Marechal Henrique Baptista Teixeira Lott, um exemplo de nacionalista, homem público, legalista e servidor da pátria. Lott foi Ministro da Guerra de Café Filho e de Juscelino Kubitschek. Em 1955, Lott deu a primeira grande demonstração de legalista ao liderar um movimento permitindo a posse de Juscelino e João Goulart, visto que vários setores reacionários do exército e da sociedade civil já se articulavam para permitir que ambos não tomasse possem. Em 1961, quando Jânio renunciou, mais uma vez Lott estava ao lado da legalidade e dos interesses do provo brasileiro, defendendo a posse do vice-presidente, João Goulart, ao publicar um manifesto em defesa da ordem e da democracia, sendo que, por este manifesto, acabou preso. Em 1964, quando alguns setores do exército liderados pelos General Olimpio Mourão Filho e pelo Marechal Castelo Branco tramavam e orquestravam a queda do presidente da república que, segundo eles, era comunista e pregava a desordem, um dos tantos argumentos toscos e sem sentido utilizados pelos golpistas, mais uma vez Lott estava ao lado da ordem e da legalidade, criticando tais atitudes, antidemocratas, antipatriotas e, de quebra, de hierarquia. Lott tentou, sem sucesso, em 1960, ser presidente do país, mas acabou sendo derrotado por Jânio Quadros que, utilizando-se do clientelismo, do populismo raivoso e do apoio da UDN, foi o presidente mais votado do país até então. Mais uma vez a sociedade perdeu a oportunidade de eleger um patriota e nacionalista para comandar a nação. O Marechal Lott faleceu no dia 19 de maio de 1984, no RJ, já afastado do exército e da vida pública, além de esquecido por boa parte da sociedade, sendo que, na década de 1970, mais uma vez teve um dissabor ao ver seu neto preso e torturado pela ditadura militar. Enfim, em uma sociedade onde muitas vezes nossos governantes não são patriotas e defensores de um projeto nacional de desenvolvimento econômico e social, exemplos como os de Lott são referências a serem seguidas por aqueles que querem um país mais justo, soberano, fraterno e com respeito à ordem, a democracia, à legalidade e com justiça e inclusão social. (Publicado no Diário de Santa Maria de 6 de junho de 2011)


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