Pesquisa constata que idosas mantem-se como cuidadoras dos familiares SVG: calendario Publicada em 27/08/2024 SVG: views 56 Visualizações

A partir dos dados coletados na pesquisa realizada para o pós-doutorado em Promoção da Saúde, Desenvolvimento Humano e Sociedade - PPGPROSAUDE/ULBRA (2021), o grupo interuniversitário integrado pelos pesquisadores- Dr. José Antonio Meira da Rocha (UFSM/FW), Drª. Thaisa Bueno (UFMA), Ms. Janaína Lopes de Amorim (UFPA) e eu, Dra. Karen Cristina Kraemer Abreu (UFSM/FW), encontramos algumas revelações feitas pelas idosas participantes da investigação sobre terceira idade e mídia.

As respondentes informaram que o tema família lhes é relevante e que se ocupam com cuidados com seus familiares em diversas escalas. Ou seja, desde o preparo de um chazinho, agendamento de exames simples ou complexos e consultas médicas até acompanhamento dos integrantes de suas famílias nos compromissos de saúde.

Já era de nosso conhecimento que a grande maioria das mulheres no Brasil se responsabiliza pelos cuidados com o grupo familiar.  Entretanto, muito interessante foi constatar na investigação científica que esta informação apareceu de modo espontâneo e declarado.

A totalidade de mulheres participantes da pesquisa (100%) informou que "cuida" dos familiares e os acompanha para exames e consultas médicas.  Esta característica é um elemento cultural nacional.  Em outras culturas, as mulheres não atuam como cuidadoras e/ou acompanhantes de membros do grupo familiar. Na Espanha, por exemplo, não se detecta essa característica no grupo feminino.

Também é interessante perceber que, mesmo que os homens e mulheres dos grupos participantes da investigação sejam aposentados, com idades entre 65 e 85 anos, não houve declaração dos integrantes do grupo masculino em relação a cuidados com o grupo familiar, ainda que desfrutem de tempo livre. É mais uma diferença de gênero que se estabelece entre homens e mulheres no Brasil.

É um aspecto cultural a ser percebido, estudado e discutido sobre as questões de gênero e as questões culturais, adotadas pelo grupo nacional com escolaridade superior, residente em Porto Alegre/RS.

Ainda não é possível afirmar que as próximas gerações reproduzirão este padrão de comportamento demostrado pelos dois grupos de respondentes.

A pesquisa apresenta metodologia qualitativa através do estudo de caso e foi registrada na Plataforma Brasil e na Universidade Federal de Santa Maria - UFSM, com autorização pelo CEP/UFSM sob o número 50475921.7.0000.5346.

Outros aspectos sobre o tema podem ser encontrados em:

https://scholar.archive.org/work/fv4qtsjdpvgc7kcmaygsmdtafy

Sobre o(a) autor(a)

SVG: autor Por Karen Kraemer
Professora do departamento de Ciências da Comunicação da UFSM, campus de Frederico Westphalen

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