Setor das Ifes indica rodada de assembleias docentes para decidir sobre greve a partir de 23 de maio
Publicada em
28/04/22 16h06m
Atualizada em
28/04/22 16h48m
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Reunião da última semana também foi espaço para que representantes das seções sindicais expressassem dificuldades do retorno presencial

Na última sexta-feira, 22 de abril, ocorreu a primeira reunião presencial do Setor das Instituições Federais do ANDES-SN desde o início da pandemia, em 2020. Neste encontro, que reuniu docentes representantes de diversas seções sindicais do país, foi deliberado que, até o dia 17 de maio, as seções devem realizar assembleias de base para decidirem sobre a deflagração de greve unificada do funcionalismo público a partir do dia 23 de maio – por tempo indeterminado.
A Sedufsm esteve representada na reunião pela professora Teresinha Weiller, integrante da diretoria, que expressou, na ocasião, as principais discussões manifestas na última assembleia das e dos docentes da UFSM. O próximo encontro do setor das Ifes será em 18 de maio, quando os resultados das plenárias de base serão avaliados e contabilizados para que o sindicato nacional construa uma posição unificada sobre a possibilidade de movimento paredista.
"Fizemos um amplo debate sobre a necessidade de dar continuidade às mobilizações em unidade com outras categorias para a construção do movimento paredista. As seções relataram as dificuldades quem têm aparecido nesse processo como as diferenças dos calendários, o contexto do retorno presencial nas instituições e a necessidade de avançar também em pautas específicas em cada local de trabalho", afirmou Mario Mariano Cardoso, da coordenação do Setor das Ifes do ANDES-SN. Mesmo com as dificuldades, o diretor do Sindicato Nacional explicou que as seções entendem a importância da pauta e acenam colocar a construção da greve em debate.
As condições do retorno presencial nas instituições federais, inclusive, estiveram presentes em várias falas de docentes durante a reunião do Setor na última semana. Em vários casos, os relatos apontaram para uma insuficiência nas condições sanitárias oferecidas para garantir que o retorno presencial tenha o mínimo de riscos de contágios por Covid-19.
“Nós pautamos na reunião que o retorno das atividades presenciais precisa ter como base o Plano Sanitário e Educacional, aprovado em nossas instâncias. Apesar da importância do retorno presencial, fica evidente a falta de infraestrutura, de condições sanitárias mínimas e da falta de assistência estudantil nas instituições. Tudo isso tem dificultado esse retorno”, contou o coordenador das Ifes.
Encontro Nacional contra Intervenções nas Ifes
A realização de um encontro nacional para debater as intervenções antidemocráticas nas universidades, institutos federais e CEFETs foi outra das deliberações do Setor das Ifes. O evento está previsto para ocorrer nos dias 11 e 12 de maio, em Brasília, onde também deve ser construído, em conjunto com outros movimentos, um ato presencial. Algumas entidades que devem ser convidadas para enriquecerem, com suas próprias experiências, o debate são Fenet, UNE, Fasubra, Sinasefe e a Frente de Articulação dos(as) Reitores(as) Eleitos(as) e não Empossados(as).
A decisão de realizar o encontro para debater as intervenções e a necessidade de defender a democracia e a autonomia das instituições foi das e dos delegados presentes ao 40º Congresso do ANDES-SN. Desde o início do mandato do atual governo, mais de 25 instituições sofreram intervenção do presidente na escolha de reitores e reitoras, que não foram os indicados pela comunidade acadêmica.
Fonte e fotos: ANDES-SN
Edição: Bruna Homrich/Assessoria de Imprensa da Sedufsm
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