Sob forte aparato policial, UFSM aprova o retorno do vestibular e PSS SVG: calendario Publicada em 05/04/23
SVG: atualizacao Atualizada em 05/04/23 15h26m
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Reunião do CEPE contabilizou 32 votos favoráveis e 23 contrários à proposta da reitoria

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CEPE, que ocorreria na reitoria, teve local alterado de última hora

Enquanto agentes da Brigada Militar e da Polícia Federal portavam-se em frente ao prédio do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) impedindo o acesso de estudantes, docentes e servidores técnico-administrativos, no auditório a poucos metros dali, por 32 votos favoráveis e 23 contrários, aprovava-se o retorno do vestibular e do processo seletivo seriado na UFSM. A reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE) desta quarta-feira, 5 de abril, ficou marcada pela troca de local, forte aparato policial e gritos de ordem que, ao defender o SiSU como método mais democrático de ingresso, denunciavam a postura da reitoria em não ouvir a comunidade acadêmica e externa a respeito do tema.

Com a decisão, a UFSM deixa de ter seu ingresso mediado integralmente via SiSU e passa a adotar, já em julho deste ano, o vestibular. Com porcentagens que vão aumentando gradualmente ao longo dos próximos dois anos, o objetivo é que se chegue em 2026 com 40% do ingresso via processo seletivo seriado (antigo PEIES), 30% via vestibular e 30% via SiSU.

Para Ascísio Pereira, presidente da Sedufsm, esta quarta-feira ficou marcada pela tristeza e indignação.

“A democracia e a autonomia universitária foram rasgadas na universidade. Hoje a gestão da UFSM utilizou a repressão para defender o real interesse deles, que é o interesse do empresariado de Santa Maria. Eles usaram argumentos vários sobre a evasão, todavia em nenhum momento, na fala do [Luciano] Schuch na reunião de ontem de manhã, a qual eu acompanhei com bastante atenção, foi articulada a evasão com o método de ingresso. Onde o vestibular e o PEIES resolvem a evasão? Essa questão não está respondida. Assim como a universidade não respondeu efetivamente até agora porque está fazendo esse processo. Só que nós sabemos: ela está fazendo esse processo porque é a exigência do empresariado. É o plano de negócios de setores da UFSM. O problema não são dois dias de vestibular. A questão central é como eles vão articular o processo de negócios para recolocar o PEIES e atender ao interesse privado, que está nos cursinhos e está também dentro de parte da UFSM”, analisa o dirigente da Sedufsm.

Ele ainda ressalta que a mobilização em defesa de uma universidade que seja pública, socialmente referenciada, de qualidade e democrática deve seguir.

“Essa gestão é interventora. Nós chegamos à conclusão de que votamos para não termos interventor, mas o reitor é o interventor eleito. Ele está com Bibo Nunes, com Hamilton Mourão, com a extrema direita nesse momento em especial, em que a essência da coisa é a universidade recuperar sua matriz orçamentaria e aí sim ter verba para manter os estudantes de baixa renda aqui dentro. Essa é a gestão que vai entrar para a história por ter colocado a Brigada Militar e a Polícia Federal aqui dentro para reprimir estudantes, docentes, técnico-administrativos e a comunidade. É a gestão do pensamento único, e é o pensamento do empresariado reacionário de Santa Maria”, conclui Ascísio.

 Mudança de local

Às 7h49 desta quarta-feira, 5, as conselheiras e conselheiros do CEPE receberam um email da Secretaria dos Conselhos informando a troca do local da reunião. Ao invés de no tradicional nono andar da reitoria, o encontro, marcado para às 8h30 do mesmo dia, foi no auditório do INPE. O motivo alegado para a alteração de local era a garantia da segurança dos conselheiros, tendo em vista que estudantes ocupavam, desde a última segunda, 3, o prédio da Administração Central.

A ocupação estudantil teve início quando, na segunda, o reitor Luciano Schuch não recebeu as e os estudantes, que confirmaram terem agendado audiência com o gestor às 15h30 daquele dia.

 

Texto: Bruna Homrich

Fotos: Fritz Nunes

Assessoria de Imprensa da Sedufsm

 

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