Com espetáculo de dança, Sedufsm celebra os 18 anos dos campi da UFSM em FW e PM Publicada em
Atualizada em 16/10/24 19h50m
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A arte tomou conta dos campi da UFSM em Frederico Westphalen e Palmeira das Missões nesta quarta-feira, 16 de outubro. Com o espetáculo “Danças populares no coração do Rio Grande”, a segunda edição do ‘Cultura na Sedufsm’ nos campi descentralizados coincidiu com o aniversário de 18 anos de ambos os locais, além de integrar a programação especial dos 35 anos da Sedufsm, comemorados oficialmente em novembro. Leonardo Botega, diretor da seção sindical que esteve presente em ambas as apresentações desta quarta, destaca que o momento propiciado pelo ‘Cultura’ nos campi favoreceu a celebração da diversidade cultural e a troca de experiências. 

“É importante a gente ressaltar que, para além de um evento, teve todo um simbolismo que o próprio espetáculo traz, que é essa diversidade cultural brasileira, que representa também a diversidade cultural da Universidade Federal de Santa Maria. Um dos grandes valores que nós temos enquanto sindicato é justamente a inclusão das diferentes perspectivas, de toda a diversidade cultural, de toda a diversidade popular, e integramos isso a um momento festivo, que é esse momento em que os campi de Frederico Westphalen e Palmeira das Missões completam o seu 18º aniversário e a Sedufsm, o seu 35º. Estamos aliando esse espírito da festividade com essa representatividade que está presente no espetáculo do Mojubá. Às vezes, estando longe, lá em Santa Maria, a gente não consegue ter uma dimensão exata dos campi, e esse é o momento da gente não trazer a cultura até os campi, porque as pessoas possuem a sua própria cultura, mas da gente trocar uma experiência, trocar um afeto, a partir da mediação da arte, da cultura, da dança, que o professor Jessé muito bem faz com o seu espetáculo”, explicou Botega. 

O professor a que o diretor da Sedufsm se referiu é Jessé da Cruz, docente do curso de Dança-Licenciatura da UFSM e diretor do espetáculo apresentado nesta quarta. Em suas falas de abertura das apresentações pela manhã (em Frederico) e à tarde (em Palmeira), ele celebrou a multiculturalidade “da cor, do cabelo, das religiosidades. Dos corpos, das corpas. Das relações de gênero. A UFSM só é federal e potente porque nós somos diversos. É a diversidade que faz a diferença nesse interior do sul do Brasil”. Desenvolvido a partir de elementos culturais das matrizes indígenas e afro-brasileiras, o espetáculo  é uma realização do Grupo de Pesquisa LabCRUZO (CNPQ) e do Programa de Extensão “Mojubá: Danças Populares Brasileiras”, integrando, também, o Programa de Cultura Popular Brasileira da UFSM. 

Ampliação e cursos noturnos 

Pela manhã, o espetáculo foi em Frederico Westphalen. À ocasião, Eliane dos Santos, vice-diretora do campus, agradeceu à Sedufsm por, nas palavras dela, “glorificar” o aniversário de 18 anos do campus. Embora tenha ressaltado as dificuldades que perpassaram todos esses anos, ela diz que a caminhada se torna leve porque feita com amor. 

Eliane aproveitou a ocasião para dizer que o futuro próximo reserva novidades à comunidade de Frederico Westphalen e cidades próximas, já que a previsão é de ampliação de cursos e de criação de cursos noturnos, a fim de contemplar as pessoas que estudam e trabalham. Essa discussão foi, inclusive, tema de nossa última Reportagem Especial, que analisou os dados do Censo da Educação Superior 2023 e o avanço ostensivo das licenciaturas EaD na rede privada. A oferta de cursos noturnos nas universidades públicas foi apontada por entrevistados e entrevistadas como uma das saídas para acolher estudantes trabalhadores e trabalhadoras. 

“Sempre batalhando pela ampliação de todos os processos de assistência, que a nossa universidade já é uma das que mais investe em assistência estudantil. E isso é necessário. Estamos caminhando com vigor, potência e alegria. A categoria docente aqui é muito unida, eu sinto isso. Creio que por ser um ambiente menor, seja um pouco mais fácil. É um grupo unido, pega junto. Mais uma vez, muito obrigada à Sedufsm por esse momento maravilhoso. E vida longa à Sedufsm, 35 anos, e a nós, 18 anos”, concluiu a vice-diretora. 

Muito ainda a conquistar 

*Apresentação do Mojubá na UFSM-Palmeira das Missões 

À tarde foi a vez da comunidade da UFSM em Palmeira das Missões receber o espetáculo dirigido pelo professor Jessé. Daniel Graichen, vice-diretor do campus, agradeceu a visita e comentou que, ao olhar para trás ao fim desses primeiros 18 anos, vê-se todas as vitórias conquistadas, dia após dia, de forma coletiva.

“O campus só é feito porque vocês estão aqui. Vocês são a essência deste campus. 18 anos deste campus, mas ainda temos muito mais a conquistar. Obrigado por estarem neste dia conosco”, frisou Daniel. 

Jessé da Cruz defendeu que as e os docentes têm o dever de abraçar a universidade e que é preciso encarar as artes como áreas de conhecimento legítimas, tal qual aquelas pertencentes às ciências da saúde. 

"Somos nós, com educação pública de qualidade, que podemos proporcionar ações para pensar as nossas próprias potencialidades. Eu sempre digo para o nosso Coletivo que todos nós temos a nossa potência, mas é legal enxergar no outro que tá do lado, a potência que ele ou que ela tem", concluiu. 

Programação de 35 anos da Sedufsm 

A visita aos campi nesta quarta-feira integrou um calendário recheado de atividades referentes aos 35 anos da Sedufsm, que se completam no próximo dia 7 de novembro. O primeiro ato da programação foi a homenagem recebida pela seção sindical na Câmara de Vereadores de Santa Maria no dia 8 de agosto, por proposição da vereadora Helen Cabral (PT). 

O jantar baile do Dia do Professor e da Professora, que ocorre neste sábado, 19 de outubro, e o 'Viva o Campus' no dia 10 de novembro com um artista gaúcho de renome nacional - ainda não revelado - são os próximos eventos da programação festiva (e política). 

Texto: Bruna Homrich

Fotos e entrevistas concedidas a: Nathália Drey Costa

Assessoria de Imprensa da Sedufsm